ONU apoia independência da Palestina

A subscretária frisou que a posição da ONU “é clara: a ocupação deve acabar”, acrescentando ainda que “uma solução de dois Estados que traga paz e segurança duradouras para israelitas e palestinianos deve ser alcançada de acordo com o direito internacional, resoluções da ONU e acordos anteriores”.

A Organização das Nações Unidas defendeu, esta quinta-feira, durante uma reunião especial de alto nível em Nova Iorque, que marcou pela primeira vez na sede da ONU o 75.º aniversário do deslocamento em massa de palestinianos depois da criação do Estado de Israel, o direito dos palestinianos à autodeterminação e independência, admitindo que "continuam a diminuir" perspetivas de um processo político com Israel conducente a uma solução de dois Estados.

"A questão da Palestina está intimamente ligada à história e à Carta das Nações Unidas. O respeito pelo direito internacional e pelos direitos humanos, a autodeterminação e a resolução pacífica de conflitos constituem a razão de ser da nossa Organização. Os palestinianos merecem uma vida de justiça e dignidade e a realização do seu direito à autodeterminação e independência", disse a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo.

A subscretária frisou que a posição da ONU "é clara: a ocupação deve acabar", acrescentando ainda que "uma solução de dois Estados que traga paz e segurança duradouras para israelitas e palestinianos deve ser alcançada de acordo com o direito internacional, resoluções da ONU e acordos anteriores".

Em 30 de novembro do ano passado, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução convocando a comemoração do 75.º aniversário da 'Nakba', nome dado ao deslocamento em massa dos palestinianos.

A violência, incluindo a relacionada aos colonatos, continua generalizada, enquanto continuam incessantes os despejos, demolições e apreensões de propriedades de palestinianos, numa altura em que Israel tem direcionado uma série de ataques para a Faixa de Gaza.

Desde o início dos bombardeamentos já foram registados pelo menos 25 mortos.