Moscovo vai denunciar tratado sobre armas convencionais

O Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa foi assinado em 1990, em Paris, e tinha como objetivo impedir qualquer uma das alianças militares da Guerra Fria na Europa, a NATO e o Pacto de Varsóvia, de reunir forças para lançar uma ofensiva.

A câmara baixa do parlamento russo denunciou o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa.

Este tratado foi suspenso pela Rússia, em 2007, e, agora, o projeto de lei, apresentado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, vai iniciar o processo para o país abandonar o acordo.

 O Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa foi assinado em 1990, em Paris, e atualizado em 1999.

Este tinha como objetivo impedir qualquer uma das alianças militares da Guerra Fria na Europa, a NATO e o Pacto de Varsóvia, de reunir forças para lançar uma ofensiva.

Além disso, este eliminou a vantagem quantitativa da antiga União Soviética em matéria de armas convencionais na Europa e estabelecia limites iguais para o número de tanques, veículos blindados de combate, artilharia pesada, aviões de combate e helicópteros de ataque que a NATO e o Pacto de Varsóvia podiam instalar entre o Oceano Atlântico e os Urais.

Durante o plenário da câmara baixa do parlamento, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Serguei Riabkov, líder deste processo, afirmou que "serão necessários cerca de seis meses" para que a Rússia "saia completamente" do tratado.

"Nas condições atuais, este tratado tornou-se uma relíquia do passado. Os nossos opositores não devem iludir-se de que a Rússia pode regressar" ao acordo, disse, citado pela EFE.