A loucura do género

Ou seja, substituem-se os jovens portugueses por naturais de outras paragens, em particular vindos de sociedades sem qualquer tipo de afinidades com a nossa cultura, os nossos costumes, as nossas tradições e a nossa História.

Numa escola particular para raparigas, em Inglaterra, na qual os pais pagam cerca de 22 mil euros por ano em propinas, uma professora de filosofia e de educação religiosa foi obrigada, pela directora daquele estabelecimento de ensino, a pedir desculpa às alunas, que têm 11 anos de idade, por, no início da aula, as ter cumprimentado com a expressão “bom dia meninas”!

Ao que parece, as pobres crianças ficaram muito incomodadas com aquele tratamento, porque entre elas há quem não se identifique com nenhum dos dois sexos conhecidos, pelo que se queixaram da professora e envolveram-se em diversas iniciativas ditas de solidariedade com a causa dos chamados transgéneros.

Como prémio pela sua ousadia, a docente foi informada de que o seu contrato não será renovado no próximo ano escolar.

Em Portugal, mais propriamente em Matosinhos, numa reunião da assembleia camarária, um deputado municipal do PAN, aquela agremiação que equipara as pessoas aos animais, insurgiu-se contra uma proposta de apoio social às famílias numerosas, por considerar que quem tem muitos filhos está a pôr em perigo a vida do planeta, atendendo ao que considerou o excesso de população que ameaça o nosso futuro.

Para aquele douto parlamentar do seu município, eleito, imagine-se, pelo voto popular, a solução para a diminuição da juventude passa pela total abertura das nossas fronteiras, permitindo-se a entrada a todos os imigrantes que se predisponham a vir viver para Portugal.

Ou seja, substituem-se os jovens portugueses por naturais de outras paragens, em particular vindos de sociedades sem qualquer tipo de afinidades com a nossa cultura, os nossos costumes, as nossas tradições e a nossa História.

Estes dois episódios são significativos da loucura que se instalou no seio das supostas elites do mundo ocidental, apostadas em destruir os alicerces de uma civilização milenar, assente nos princípios e valores do cristianismo.

No caso inglês, a loucura não vem das crianças; estas são injectadas, quase desde o berço, com o veneno destilado pelos arautos da ideologia do género, mostrando-se incapazes de distinguir a realidade da ficção que lhes é imposta.

A insanidade está na directora da escola, e na turba que a secunda, porque, em vez de explicar às alunas que o termo utilizado pela professora foi o correcto, considerando que o colégio onde estudam é de raparigas e que as pessoas quando nascem ou têm útero ou próstata, pelo que ao longo das suas vidas ou vão ao ginecologista ou ao urologista, optou antes por castigar quem em nada prevaricou.

A própria docente igualmente ficou mal na fotografia, atendendo a que se  deveria ter recusado a pedir desculpa por uma falta que não praticou e rescindido de imediato a prestação de trabalho acordada com a escola que a desrespeitou.

O caso observado no norte de Portugal é similar ao ocorrido na escola inglesa, porque em causa está o mesmo desígnio, o da aniquilação da família, pedra base da civilização ocidental.

Podemos ser levados a acreditar que, na verdade, conforme o assegura o alegado especialista em animais, há um excesso de habitantes à escala mundial, mas esse fenómeno não se verifica na Europa nem no continente americano, onde, bem pelo contrário, a diminuição drástica do número de filhos por casal está a provocar um envelhecimento precoce das populações locais, cujo resultado está já a produzir efeitos na não regeneração da raça branca e, a longo prazo, poderá conduzir mesmo ao seu desaparecimento da face da Terra.

A civilização que herdámos dos nossos antepassados entrou em agonia e definha  agora lentamente às mãos dos seus inimigos, que recorrem a estas duas mortíferas armas para a destruir: a ideologia do género e a imigração descontrolada!

A estratégia de disseminação das diabólicas ideias professadas pelos apóstolos do combate à família tradicional, cuja natureza assenta na existência de filhos concebidos por pais de sexos opostos, ou seja, uma Mãe e um Pai, com quem comungam a sua vivência, passa pela intoxicação permanente das crianças, logo que estas começam a ganhar consciência do mundo que as rodeia, recorrendo-se, para esse propósito, à escola, à imprensa e, sobretudo, aos meios audio-visuais, como o cinema, a televisão e a internet, veículos de informação controlados pela nomenclatura do pensamento que procura ser dominante na sociedade de hoje.

É natural que ao longo do seu percurso de crescimento os jovens se confrontem com dúvidas existenciais, nomeadamente quanto à sua orientação sexual, mas esses dilemas tendem a desaparecer durante o processo de amadurecimento que os leva à idade adulta.

Baralhá-los e confundi-los com ideias esquizofrénicas, como as de que são livres de escolher o género com que mais se identificam, somente lhes provocam traumas irreversíveis, cuja consequência tem sido a dependência de tratamento psiquiátrico e a própria opção por uma morte precoce.

Não é assim, de admirar, que nos tempos actuais e no mundo em que vivemos, a segunda causa de morte dos jovens seja o suicídio!

Quanto à imigração, temos de admitir, infelizmente, que a falta de mão-de-obra em Portugal, bem como na generalidade dos países ocidentais, motivada pela progressiva diminuição de nascimentos entre portas, obriga à importação de trabalhadores a partir do exterior, sabendo-se, também, que é principalmente junto de culturas bem diversas das nossas que encontramos esse nicho de mercado.

Daí o imperativo de um rigoroso controle de entradas no País, e não de um escancarar de fronteiras, como defendem os promotores da desgraça, promovendo-se somente o preenchimento das necessidades básicas para um pleno emprego do nosso tecido empresarial.

A vinda de imigrantes não pode ter como razão de ser a substituição dos nossos jovens por originários de destinos que nos são estranhos, mas sim vista como uma oportunidade de oferecer melhores condições de vida a quem anseia viver com mais dignidade, assegurando-se, no entanto, a completa predominância daqueles que estão unidos por laços de sangue transmitidos ao longo de incontáveis gerações.

As grandes civilizações de outrora não foram conquistadas por exércitos invasores, mas sim implodiram por se terem descaracterizado.

Se não tivermos a coragem e a sabedoria de inverter o rumo suicida traçado pelos loucos que nos desgovernam, cegos com a obsessão de que os valores que edificaram a nossa sociedade podem, e devem, ser descartados, estaremos a condenar os nossos filhos a presenciar o fim da civilização cristã e a habitar, num  futuro muito próximo, num mundo intolerante e injusto para o qual não foram preparados.