Grupo Crédito Agrícola com lucros de 95,8 milhões no primeiro trimestre

As comissões líquidas subiram 16,7% para 38,8 milhões de euros (+5,6 milhões de euros face a março de 2022), com origem nas comissões interbancárias, de crédito e de gestão de contas.

O grupo Crédito Agrícola apresentou lucros de 95,8 milhões de euros, no primeiro trimestre. O produto bancário core atingiu 214,5 milhões de euros, representando um crescimento homólogo de 59,5%, e a margem financeira aumentou 78,1 milhões de euros face a março de 2022.

Nos três primeiros meses verificou-se um aumento da margem financeira em 103,6% para 153,4 milhões de euros (+78,1 milhões de euros face a março de 2022), tendo em conta o impacto positivo da evolução das taxas Euribor no rendimento da carteira de títulos e carteira de crédito do Grupo, parcialmente penalizado com o aumento do custo dos depósitos de clientes.

Por seu lado, as comissões líquidas subiram 16,7% para 38,8 milhões de euros (+5,6 milhões de euros face a março de 2022), com origem nas comissões interbancárias, de crédito e de gestão de contas.

Os custos de estrutura subiram 11,9% para 101,6 milhões de euros (+10,8 milhões de euros face a Março de 2022), “para o qual contribuem o crescimento de custos com pessoal em 15,3% para 62,7 milhões de euros (+8,3 milhões face a março de 2022), em parte justificado pelo impacto das atualizações da tabela salarial efetuadas em junho de 2022 (incluindo retroativos de 2021) e em fevereiro de 2023 (esta última de 4% com efeitos desde o início do ano, aplicado ao universo de colaboradores do Grupo)”.

O banco explicou ainda que “a variação positiva do resultado líquido no 1º trimestre de 2023 é igualmente influenciada por resultados, não recorrentes, obtidos durante o 1º trimestre, relacionados com ganhos líquidos com operações financeiras, no valor de 6,5 milhões de euros (face aos -5,8 milhões de euros registados no 1º trimestre de 22)”.

De acordo com Licinio Pina, Presidente do Grupo Crédito Agrícola, “é importante referir que os resultados líquidos obtidos no primeiro trimestre de 2023 refletem a atual situação económica e as condições de mercado, mais positivas do que era expectável, e que vieram impulsionar, de uma forma mais rápida, os níveis de crescimento sustentáveis que temos vindo a apresentar, ano após ano. Devido à conjuntura que as famílias e as empresas atravessam, o Banco tem vindo a reforçar os seus fundos próprios, com o objetivo de dar resposta às necessidades mais urgentes dos seus clientes. Importa, ainda, salientar que o Crédito Agrícola registou um incremento na base de clientes, quer no segmento empresas, quer no segmento particulares, o que tem contribuído para que o Grupo CA se mantenha um Banco sólido, resiliente e que contribui diariamente para a economia das comunidades onde se encontra.”