PRR. Beneficiários receberam 12% do total

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar “mais feliz”, mas lembra que “gerir bem os fundos não é para ter sucesso político imediato para uns ou para outros”.

Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) fixaram-se em 1923 milhões de euros, ou seja 12% do total, de acordo com o último relatório de monitorização. Trata-se de um aumento de 76 mil euros face ao relatório anterior. Com os maiores pagamentos destacam-se as entidades públicas (577 milhões de euros), as empresas (431 milhões de euros) e as empresas públicas (299 milhões de euros).

A restante verba foi distribuída entre escolas (218 milhões de euros), famílias (138 milhões de euros), autarquias e áreas metropolitanas (124 milhões de euros),  instituições de ensino superior (69 milhões de euros), instituições da economia solidária e social (43 milhões de euros) e instituições do sistema científico e tecnológico (23 milhões de euros).
As aprovações totalizam 13078 milhões de euros, 79% do total, com as entidades públicas a liderar com 4182 milhões de euros.

Números que parecem agradar mais a Marcelo Rebelo de Sousa que depois de vários puxões de orelhas que tem dado ao Governo, nos últimos meses, diz estar feliz que cheguem “aos beneficiários finais 1900 milhões e já não 1800 ou 1700 milhões como acontecia há uns meses”, referindo ainda que “é uma oportunidade que pode ser única na situação do mundo e da Europa”.

Ainda assim, o Presidente da República não perdeu a oportunidade de deixar um alerta: “ Gerir bem os fundos não é para ter sucesso político imediato para uns ou para outros. É para o país ter sucesso a médio e a longo prazo”, salientando também que  “quando o poder entra em descolagem em relação ao povo não é o povo que muda, é o poder que muda”.
Recorde-se que, na sexta-feira, Portugal submeteu a proposta de reprogramação do PRR a Bruxelas, cuja dotação vai ultrapassar agora os 22 mil milhões de euros. “Face às verbas do PRR inicial, trata-se de um aumento de mais de 2400 milhões de euros de subvenções e 3200 milhões de euros em empréstimos”, revelou Mariana Vieira da Silva.

O programa tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.