Profissionais de saúde não conhecem a fundo Plano para a JMJ

“Só linhas gerais a dois meses desse evento”, explica Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

Profissionais de saúde não conhecem a fundo Plano para a JMJ

“Mais meios de socorro, centros de saúde com horário alargado e linha SNS24 em três idiomas. Eis algumas das soluções do plano acionado para o evento”, anunciou o Governo na tarde desta segunda-feira. Os profissionais de saúde, no entanto, parecem não ter conhecimento das medidas que serão tomadas. “Infelizmente, não o conhecemos. Lamentavelmente, só linhas gerais a dois meses desse evento. Logo que soubermos se verá”, diz ao i Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

“Recomenda-se o contacto com o SNS 24 antes de qualquer deslocação não agendada a uma unidade de saúde (hospital ou centro de saúde), por forma a garantir uma orientação e referenciação adequadas”, é explicado, sendo que “face à afluência prevista para a JMJ23, a capacidade de atendimento do SNS24 vai ser reforçada” e estará disponível o atendimento também em inglês e castelhano.

Além disso, “durante a JMJ23 vão ser ativados 75 postos fixos de suporte básico de vida e 75 equipas móveis de suporte básico de vida. Serão também instalados 10 postos médicos com suporte avançado de vida e dois hospitais de campanha”. Por outro lado, o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) foi também reforçado, no dia 1 de junho, “com mais 28 meios de emergência médica. Este reforço sazonal foi adicionado aos 46 meios de emergência que foram operacionalizados no passado mês de maio. O SIEM, com a colaboração dos Corpos de Bombeiros (CB) e Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), está agora reforçado para os meses de verão com mais 74 meios para socorrer os cidadãos”.

Estas são as principais medidas tomadas no âmbito do evento que vai decorrer de 1 a 6 de agosto e deverá juntar, pelo menos, mais de 600.000 peregrinos, de acordo com dados relativos a 14 de maio. “Na primeira fase já são mais de 600 mil jovens que manifestaram interesse em participar nessa jornada. Dessa primeira fase para as outras há um caminho, mas é um número muito significativo comparando com outras jornadas”, disse D. Américo Aguiar, no decorrer de uma visita à sede da Fundação JMJ, em Lisboa, do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e do primeiro-ministro, António Costa.