Meio ambiente ideológico

A pauta ambiental no Brasil tem um forte enfoque ideológico. Depois de quatro anos de calmaria no que toca a cerceamento de atividades empresariais, a ministra Marina Silva assume as posições mais radicais. Além da questão do petróleo na costa do extremo norte do país, em alto mar, empreendimentos imobiliários turísticos relevantes foram parados. 

Por Aristóteles Drummond

 

A pauta ambiental no Brasil tem um forte enfoque ideológico. Depois de quatro anos de calmaria no que toca a cerceamento de atividades empresariais, a ministra Marina Silva assume as posições mais radicais. Além da questão do petróleo na costa do extremo norte do país, em alto mar, empreendimentos imobiliários turísticos relevantes foram parados. No Rio de Janeiro, um megaprojeto em Maricá, a 50 km da capital, com três hotéis de alto nível, golfe, habitações foi parado. E na Bahia, na Ilha Boipeba, um projeto voltado para o mercado internacional, do mais alto nível foi parado também. Este tem entre os empreendedores investidores o sr. José Roberto Marinho, da Globo, que é um conhecido ambientalista. O projeto protegeria a área de invasões e mau uso. Na questão indígena, o governo não gostou da lei aprovada na Câmara dos Deputados que limita novas demarcações de terras para os índios. A pauta da ministra, que é índia, ia ser áreas nas cidades que foram habitadas por índios no passado. 

 

VARIEDADES

• O Brasil, com 320 mil milhões de dólares em reservas, pode ser o sétimo país do mundo. Acima estão apenas a China, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Singapura e Hong Kong.

• Houve certo constrangimento entre os militares ao receberem uma delegação de militares chineses, convidados pelo presidente Lula a visitar o Brasil, e participarem de reuniões com outros países da América do Sul.

• Lula Envergonha o Brasil. Este foi o título de editorial do Estado de S. Paulo – Estadão – sobre a reunião do Presidente do Brasil com os Chefes de Estado da América do Sul, em Brasília. Já a Folha de S. Paulo publicou o título Mesuras a um Ditador. O Globo foi pelo mesmo caminho: Receção de Lula a Maduro foi vexatória.

• InterCement, a cimenteira do Grupo Camargo Corrêa, está com dificuldade para rolar dívida. A empresa tenta vender ativos em Moçambique e no Egito e é o segundo grupo brasileiro no setor.

• O acordo União Europeia-Mercosul é considerado letra morta nos meios diplomáticos de Brasília. Afinal, as posições do Brasil e da Argentina na questão da invasão da Ucrânia e das relações com a Venezuela tornam improvável que o acordo saia do papel.

• Os principais hospitais do Brasil começam a criar cursos de medicina, enfermagem e fisioterapia. São os casos do Sírio-libanês, em São Paulo, da Rede d’Or, no Rio, e do Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Aliás, o Hospital Sírio-libanês, de São Paulo, está permitindo que doentes mais graves e de internação mais longa receba no quarto a visita de seus animais de estimação, previamente examinados e de banho tomado.

• A condenação do ex-Presidente Fernando Collor a oito anos de prisão mostra o viés político das decisões do Judiciário. Quanto a Jair Bolsonaro, caso não seja preso, é prevista a perda de direitos políticos.

• Taylor Swift confirmou presença no Rio e São Paulo em novembro. Os ingressos já estão sendo vendidos entre 50 e 200 euros.

• A última do ministro Juscelino Filho, que destinou verba para pavimentar os acessos a sua propriedade rural, foi dar um gabinete no Ministério para o sogro, que não pertence aos quadros do governo. 

• O ministro russo Sergei Lavrov esteve em Brasília e o assunto foi a eliminação do dólar americano nas trocas comerciais entre os dois países. Esta será a proposta do Brasil na reunião dos BRICS que vai ocorrer no final de julho na África do Sul. A escalada antiamericana de Lula cresce.

 Rio de Janeiro, junho de 2023