António Nogueira Leite

O que a Moody’s veio dizer é inconveniente, inoportuno (…) mas é uma posição tecnicamente defensável.

Era bom que a comunicação política no centro da Europa melhorasse. Seria um bom caminho para encontrar uma saída.

Uma sociedade só é mais justa se não condenar partes importantes da população em idade activa ao desemprego.

O mais extraordinário é que, após tudo isto, quem destruiu Portugal não peça desculpa e antes se preocupe em endossar a culpa a sucessivos bodes expiatórios.

Uma década de estagnação e as dificuldades que se avolumaram após 2009 tornaram clara a necessidade de levar a cabo alterações profundas e estruturais no padrão de especialização da economia, de modo a obviar à insustentabilidade dos actuais níveis de endividamento externo do país.

A questão central da equidade inter-geracional não é de agora e radica em algo de muito diferente do que alguns tentam fazer crer.

Até o actual Governo percebeu (ou foi forçado a perceber) que o caminho é único e passa pelo emagrecimento do Estado e não pela oneração dos que mais produzem.

O país vive, nas vésperas do embate final com o concreto, ou seja, com a impossibilidade de financiamento externo.