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António Pedro Vasconcelos


  • Das duas, uma

    Das duas, uma. Ou o ministro das Finanças, que é licenciado em Economia (curso onde frequentou todas as cadeiras e fez escrupulosamente todos os exames da praxe), e que trabalhou para a Comissão Europeia, é incompetente, ou foi cúmplice de um embuste.


  • Um país de telenovelas (III)

    De há dez anos para cá dou aulas na ACT, uma escola de actores que ajudei a criar, para suprir uma carência na formação em Portugal: o trabalho para a câmara.


  • Um país de telenovela (II)

    Depois de Gabriela – já lá vão 33 anos –, e com excepção de uma novela com o fabuloso Paulo Autran, que na altura eu desejava contratar para um filme, e que, por isso, segui com regularidade, não me lembro de ter visto uma única telenovela, brasileira ou portuguesa, do princípio ao fim.


  • Um país de telenovela (I)

    Se pudesse, passava a minha vida, como Bergman, a trabalhar com actores. No teatro e no cinema. Os actores são seres especiais, que nos ajudam, quer sejamos autores de teatro ou realizadores, a criar personagens de carne e osso e a fazer passar as emoções que desejamos que o público partilhe connosco.


  • A quota da Europa

    A conversa com Jack Valenti e os chefes das majors foi agressiva e nada diplomática, se é que se pode chamar conversa ao ataque frontal com que o Presidente da MPAA se dirigiu à pequena comitiva europeia: o comissário, Balsinha e eu.


  • Os Acordos do Gatt (II)

    Quando Jack Valenti o convidou para visitar Hollywod, Deus Pinheiro propôs que eu o acompanhasse, juntamente com o saudoso Fernando Balsinha, seu chefe de gabinete.


  • Os Acordos do GATT

    Há semanas atrás prometi que um dia contaria a minha visita a Los Angeles com João de Deus Pinheiro, na altura Comissário Europeu com o pelouro do Audiovisual.


  • Os telefilmes esquecidos

    Há dias, a RTP1 exibiu um telefilme escrito por Artur Ribeiro e realizado por Jorge Queiroga: A Viagem do Sr. Ulisses.


  • Veto à lei

    Começa hoje a discussão na A. R. da nova lei de cinema. É uma missão árdua para os deputados, porque é difícil emendar uma coisa que nasceu torta.


  • Condenado ao silêncio

    A Cinemateca Portuguesa decidiu, finalmente, dedicar uma homenagem a António de Macedo, um dos poucos autores do cinema português e seguramente um dos mais originais.


  • Os maridos das outras

    ‘Os maridos das outras’, o tema mais ‘orelhudo’, é brilhante, mas eu escollheria ‘Fizz Limão’ se quisesse ilustrar o que o CD de Miguel Araújo representa: o testemunho de uma geração sem fé, mas que insiste em não se deixar morrer.


  • Uma lei sem emenda

    Com a cobertura do PM, foi aprovada a nova lei do cinema. Quase um ano depois, a montanha pariu um rato. Perdeu


  • Fica o hino e a bandeira

    Preparava-me para vos recomendar a leitura de Dalton Trevisan, o Prémio Camões cuja descoberta devo a Rentes de Carvalho, e que me deu ânimo para voltar a acreditar que «os povos só podem ser salvos pela ficção», quando ouvi o primeiro-ministro, durante a defesa que foi fazer ao Parlamento do seu ‘ministro das privatizações’, fazer…


  • O triunfo do Mal

    O‘happy end’ está no ADN do cinema americano. Mesmo quando, no início do mudo, a Warner, sob a batuta desse genial produtor que foi Zannuck, optou pelos filmes de gangsters e pelas histórias fortes, pelos personagens marginais e pelos filmes sociais, contra a fábrica de sonhos cor-de-rosa que era a MGM de Thalberg e do…


  • ‘Cinema de autor’

    Há dias, um grupo de cineastas acusou o Governo de ter paralisado a produção de cinema – o que é verdade –, instando o secretário de Estado da Cultura a apressar a aprovação da nova lei de cinema – o que é urgente – para que a produção cinematográfica possa retomar alguma regularidade – o…


  • Novas oportunidades

    Há dias, o primeiro-ministro declarou (cândida ingenuidade ou perverso cinismo?), que o desemprego era uma oportunidade para as pessoas mudarem de vida.


  • A Comissão e o cinema

    Quando em 1994 se assinaram os Acordos do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio), nos corredores da Comissão Europeia (CE) viam-se mais lobistas americanos do que representantes dos governos europeus nas direcções-gerais.


  • O melhor que vivemos

    Com o desaparecimento do Fernando Lopes é uma parte da minha vida que desaparece. O melhor da minha juventude, antes e depois do 25 de Abril, até à ‘paz podre’ que se passou a viver a partir de meados dos anos 80 (ironicamente, desde a estabilização democrática e a nossa entrada na Europa), vivi-a com…


  • O Plano de Cinema

    Há dias, o jornal Público decidiu inventar um inquérito a dez personalidades para saber que filmes (portugueses e estrangeiros) escolheriam para mostrar aos alunos entre os 7.º e o 12.º ano, ao abrigo de um Plano Nacional de Cinema (PNC) que o Secretário de Estado da Cultura decidiu lançar nas escolas e que seria o…