Das duas, uma. Ou o ministro das Finanças, que é licenciado em Economia (curso onde frequentou todas as cadeiras e fez escrupulosamente todos os exames da praxe), e que trabalhou para a Comissão Europeia, é incompetente, ou foi cúmplice de um embuste.
De há dez anos para cá dou aulas na ACT, uma escola de actores que ajudei a criar, para suprir uma carência na formação em Portugal: o trabalho para a câmara.
Depois de Gabriela – já lá vão 33 anos –, e com excepção de uma novela com o fabuloso Paulo Autran, que na altura eu desejava contratar para um filme, e que, por isso, segui com regularidade, não me lembro de ter visto uma única telenovela, brasileira ou portuguesa, do princípio ao fim.
Se pudesse, passava a minha vida, como Bergman, a trabalhar com actores. No teatro e no cinema. Os actores são seres especiais, que nos ajudam, quer sejamos autores de teatro ou realizadores, a criar personagens de carne e osso e a fazer passar as emoções que desejamos que o público partilhe connosco.
A conversa com Jack Valenti e os chefes das majors foi agressiva e nada diplomática, se é que se pode chamar conversa ao ataque frontal com que o Presidente da MPAA se dirigiu à pequena comitiva europeia: o comissário, Balsinha e eu.
Quando Jack Valenti o convidou para visitar Hollywod, Deus Pinheiro propôs que eu o acompanhasse, juntamente com o saudoso Fernando Balsinha, seu chefe de gabinete.
Há semanas atrás prometi que um dia contaria a minha visita a Los Angeles com João de Deus Pinheiro, na altura Comissário Europeu com o pelouro do Audiovisual.
Há dias, a RTP1 exibiu um telefilme escrito por Artur Ribeiro e realizado por Jorge Queiroga: A Viagem do Sr. Ulisses.
Começa hoje a discussão na A. R. da nova lei de cinema. É uma missão árdua para os deputados, porque é difícil emendar uma coisa que nasceu torta.
A Cinemateca Portuguesa decidiu, finalmente, dedicar uma homenagem a António de Macedo, um dos poucos autores do cinema português e seguramente um dos mais originais.
‘Os maridos das outras’, o tema mais ‘orelhudo’, é brilhante, mas eu escollheria ‘Fizz Limão’ se quisesse ilustrar o que o CD de Miguel Araújo representa: o testemunho de uma geração sem fé, mas que insiste em não se deixar morrer.
Com a cobertura do PM, foi aprovada a nova lei do cinema. Quase um ano depois, a montanha pariu um rato. Perdeu
Preparava-me para vos recomendar a leitura de Dalton Trevisan, o Prémio Camões cuja descoberta devo a Rentes de Carvalho, e que me deu ânimo para voltar a acreditar que «os povos só podem ser salvos pela ficção», quando ouvi o primeiro-ministro, durante a defesa que foi fazer ao Parlamento do seu ‘ministro das privatizações’, fazer…
O‘happy end’ está no ADN do cinema americano. Mesmo quando, no início do mudo, a Warner, sob a batuta desse genial produtor que foi Zannuck, optou pelos filmes de gangsters e pelas histórias fortes, pelos personagens marginais e pelos filmes sociais, contra a fábrica de sonhos cor-de-rosa que era a MGM de Thalberg e do…
Há dias, um grupo de cineastas acusou o Governo de ter paralisado a produção de cinema – o que é verdade –, instando o secretário de Estado da Cultura a apressar a aprovação da nova lei de cinema – o que é urgente – para que a produção cinematográfica possa retomar alguma regularidade – o…
Há dias, o primeiro-ministro declarou (cândida ingenuidade ou perverso cinismo?), que o desemprego era uma oportunidade para as pessoas mudarem de vida.
Quando em 1994 se assinaram os Acordos do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio), nos corredores da Comissão Europeia (CE) viam-se mais lobistas americanos do que representantes dos governos europeus nas direcções-gerais.
Com o desaparecimento do Fernando Lopes é uma parte da minha vida que desaparece. O melhor da minha juventude, antes e depois do 25 de Abril, até à ‘paz podre’ que se passou a viver a partir de meados dos anos 80 (ironicamente, desde a estabilização democrática e a nossa entrada na Europa), vivi-a com…
Há dias, o jornal Público decidiu inventar um inquérito a dez personalidades para saber que filmes (portugueses e estrangeiros) escolheriam para mostrar aos alunos entre os 7.º e o 12.º ano, ao abrigo de um Plano Nacional de Cinema (PNC) que o Secretário de Estado da Cultura decidiu lançar nas escolas e que seria o…