Se há povo que sabe aproveitar as coisas boas da vida somos nós e não há força europeia, costume estrangeiro, rotina germânica ou pontualidade britânica que se atravessem no nosso caminho
Comecei a escrever numa altura em que aquilo que valia era o que se escrevia; reels, vídeos, fotografias, eram residuais. Uma imagem não valia mais do que mil palavras. Era mais fácil, mais calmo e silencioso.
Os nossos filhos cresceram numa altura em que é suposto desconfiar. A confiança nas instituições, nos mais velhos e bem falantes foi chãoque já deu uvas. Dos políticos, aos influencers, passando pelos jornalistas e os comentadores, todos são potenciais mentirosos.
O problema nem são as crianças, são os jovens: têm vergonha tudo. Vergonha de falar ao telefone, com desconhecidos, com os mais velhos, iniciar conversas, quebrar gelo nos elevadores, etc.. Enfiam a cabeça nos telemóveis, coram por todo e por nada fecham a cara assustados que um desconhecido fale com eles. Crescem assim, encolhidos nos…
Os bebés Reborn são o princípio da distopia de Spielberg, em que os robôs não servem apenas para tarefas laborais, que apenas têm funcionalidades práticas e económicas, mas também para preencherem doentios vazios emocionais e sentimentais. Uma distopia em direto
O problema da natalidade é a sua quebra ser um sintoma de uma sociedade e de um país com pouca esperança, rigidamente regulamentado e que desconfia do dia de amanhã.
O quarto, o quinto ou o sexto filho, desde que seja o último, não se educa, gere-se. A experiência, infelizmente, leva-nos a ter a mesma confiança que levou a lebre a perder a corrida contra a tartaruga. Por causa disso tenho um filho por educar.
O Papa Francisco apelou aos jovens que não tenham medo de assumirem a sua fé, de se aventurarem para fora das suas zonas de conforto entre as paredes das igrejas e que sejam tolerantes, mantendo-se fiéis e coerentes. Ter filhos mais católicos do que os pais é uma realidade nova no mundo Ocidental e o…
Tolentino de Mendonça está na lista dos 22 mais prováveis para suceder ao Papa Francisco. Nomeado há apenas seis anos, o cardeal português é apontado como um dos favoritos dos 140 que terão direito de voto. O que pode ser um mau sinal, pois como diz o ditado, quem entra Papa no conclave sai cardeal.
Por cada criança que publica um vídeo no TikTok, a CPCJ devia receber um alerta e abrir um inquérito. As crianças, quando abrem contas no TikTok denunciam onde moram, quem são e lançam a sua imagem para o mundo em busca de likes e partilhas. Parece-me que falhamos em toda a linha.
O estigma de que a direita moderada é privilegiada, não quer saber das desigualdades, que é egoísta e individualista, são rótulos que estão colados à pele de cada um dos seus intervenientes. É ainda preciso parecer que se é de esquerda para fazer passar um discurso moderado de direita
Se um dia, que parece cada vez mais próximo, alguém nos pedir ou exigir que enviemos os nossos filhos para um campo de batalha, não saberemos porquê, para defender o quê e com que objetivo.
A série mostra a realidade das famílias: estamos todos perto uns dos outros e na mesma casa, sabemos ao minuto onde está cada um, mas não estamos verdadeiramente perto uns dos outros nem nos conhecemos
Tentar adormecer enquanto se imagina que está um monstro de sete cabeças debaixo da cama não é para meninos.
O presidente do Parlamento merece um sindicato só para ele por tentar estoicamente dirigir o que não é dirigível. Ele não desiste dos seus deputados, assim como os professores não desistem dos alunos mais problemáticos na esperança de que “ele ainda vai lá”. Aguiar Branco é um homem de fé.
Primeiro o conhecimento, depois a opinião. Dá trabalho, muito mais trabalho, mas é a única maneira de impedir que os nossos filhos fiquem reféns de algoritmos que não conhecemos e com eles o mundo
Não há nada de racional em ser político: não se progride, não dá currículo, não se ganha tanto quanto no setor privado, não há qualquer privacidade e o risco de se ir ao chão porque uma resposta não foi certeira ou porque o cunhado tem um terreno rural é iminente.
Não há convites para ir ao cinema, mas para ir jantar ao cinema. E quanto mais comercial o filme, muito pior é o impacto. É quase como ir a um hipermercado num domingo à tarde