A plasticidade com que atualmente nos são apresentadas as denominadas ‘figuras públicas’ e o seu frequente endeusamento trazem consigo a ideia de que são seres humanos muito próximos da perfeição, com comportamentos comedidos e exemplares e que qualquer lapso ou falha pode ser fatal.
A nossa democracia tem 48 anos de idade, mas continua a viver em casa dos pais e a ser um adulto em busca da emancipação, caindo assim frequentemente na armadilha das ideias feitas.
Se dúvidas existissem acerca da resistência do ser humano às adversidades, para além da história mundial ser o melhor argumento para derrotar teses mais pessimistas, o destino dos portugueses nas últimas semanas tem sido um verdadeiro desafio.