Contactos com Governo e Durão Barroso ‘não são relações promíscuas’

Ricardo Salgado confirmou hoje que, em Maio, além de reportar a situação difícil do Grupo Espírito Santo ao primeiro-ministro e à ministra das Finanças, houve contactos entre elementos da família e o gestor José Honório – que trabalhou como consultor para o grupo – com Carlos Moedas e Durão Barroso, para conseguir um empréstimo de…

Contactos com Governo e Durão Barroso ‘não são relações promíscuas’

Segundo as datas avançadas pelo antigo banqueiro, a reunião com primeiro-ministro foi no dia 20 de Maio, já depois de um encontro com a ministra, a 14 de Maio. A conversa com Carlos Moedas ocorreu a 2 de Maio. “Durão Barroso não me recordo”, disse aos deputados.

“Isto não são relações promíscuas. O objectivo era para alertar para o risco sistémico Fomos lá comunicar o que poderia vir a acontecer. O sr. primeiro-ministro recusou e comunicou na imprensa essa recusa.”

Sobre o recurso a Carlos Moedas, Salgado refere: “Tivemos oportunidade de falar com ele, era um financeiro muito inteligente. Mas julgo que nada fez. As peças-chaves eram o primeiro-ministro e a ministra das finanças.” “Carlos Moedas e Durão Barroso ouviram, compreenderam e remeteram para o Governo”, acrescenta.

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