Acordar

É mais uma nota a ter em conta na elaboração do curriculum perfeito, ou pelo menos mais próximo do ideal de sucesso. O elenco de competências, ou o rasgo na sua apresentação, podem não ser tudo, a julgar por um artigo de há uns tempos da Bloomberg, segundo o qual a fonte utilizada implicaria o…

Resulta que a omnipresente Times New Roman deveria ter os dias contados; uma espécie de guia de marcha para o popular acrónimo RIP (Rest in Peace), ou ‘que a coitada descanse em paz’. Aparentemente inofensiva e eficaz quanto baste, recrutada para a escrita por defeito, a peça sonda designers sobre estas qualidades, concluindo que a linha que separa a segurança da preguiça e da recusa da mudança e do risco é afinal muito ténue.

Seguia-se um duelo entre diretores criativos sobre as potencialidades das favoritas, Garamond e Helvetica, «legíveis, elegantes, honestas», e cúmplices do espírito progressista a que o século apela – basta olhar para o novo logótipo do Google, revelado esta semana.

Entre acordos e desacordos sobre ortografia, mantenha a calma. No dia em que bater a nostalgia, teremos sempre a Times New Roman. 

maria.r.silva@sol.pt