“A empresa cresceu muito em número de lojas nos últimos sete ou oito anos. Mais do que duplicámos. Agora vamos acelerar e o plano é chegar às 40 lojas em 2019”, avança, em entrevista ao SOL.
Actualmente com uma rede de 30 lojas, depois de ter coberto sobretudo localidades com mais de 50 mil habitantes, a aposta passa agora por zonas mais pequenas, com 20 mil a 40 mil pessoas.
“O cliente está a mudar e já estamos a beneficiar disso. Mas ainda há um caminho enorme. Um francês gasta o dobro do que gasta uma família portuguesa em bricolagem, cerca de 500 euros por ano”, detalha.
O crescimento passa por investir cerca de 70 milhões de euros em Portugal nos próximos cinco anos. “Há oportunidades em todo o país”, assegura o responsável, indicando que as aberturas deste ano – em Bragança, Torres Novas e Portimão, loja inaugurada esta semana – já correspondem a esta estratégia.
No primeiro trimestre de 2015, o grupo chegará a Oeiras, havendo planos para estrear mais duas ou três lojas. Por isso, o investimento no próximo ano pode até ser superior ao efectuado em 2014.
“Vamos investir cerca de 50 milhões em lojas novas e o resto será para remodelar as lojas que faltam para o conceito novo que começámos em Santa Maria da Feira. Cinco milhões vão para sistemas de informação”, pormenoriza o responsável.
Espírito de proximidade
Além da expansão da rede, há outras vias de crescimento para o Aki, que abriu o primeiro espaço em Portugal há 24 anos. “Podemos crescer muito ao fazer com que os clientes que temos nos comprem mais. E já há uma mudança cultural. Deixámos de ser uma loja para homens para passar a ser uma loja para a família. Os clientes cada vez menos vêm sozinhos. Vêm duas ou três pessoas, o casal com filhos”, analisa.
Daí que a empresa também tenha optado por se reposicionar, apostando cada vez mais no conceito da proximidade, com pontos de venda mais pequenos e menor área de influência. “É levar a um Aki o espírito de uma loja de ferragens de bairro”, compara.
No início de 2015 o projecto que está a ser testado em quatro pontos de venda do país será alargado a todas as lojas. Cada vendedor terá um smartphone com contactos de clientes que assim o queiram, para poderem comunicar directamente, por exemplo, para pedir conselhos, sugestões ou informações.
Será uma forma de se diferenciar da concorrência das grandes retalhistas especializadas nesta área, como a Brico Depot, aIzibuild ou a Maxmat.
Com a facturação no país a rondar 170 milhões de euros em 2014 – mais 6% do que em 2013 -, até 2019 o objectivo é aumentar as vendas em 30%. Nesse período, a companhia, que emprega 1.200 pessoas, também deverá contratar mais 240 funcionários.
Em 2015, para comemorar o 25.º aniversário no mercado português, o Aki – que pertence ao grupo Adeo, dono da rede Leroy Merlin, também especializada em bricolage – vai permitir aos colaboradores que se transformem em accionistas da empresa em Portugal, distribuindo 15% dos lucros por todos.