AMI admite entrar na luta contra pobreza e droga

A Assistência Médica Internacional (AMI) pode vir a alargar a sua intervenção em Ponta Delgada, nos Açores, à área da toxicodependência e à luta contra a pobreza, admitiu hoje Fernando Nobre, presidente desta instituição de apoio social.

«é bem provável que possamos alargar o âmbito de intervenção da nossa residência social em ponta delgada», afirmou fernando nobre, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o presidente do governo dos açores, acrescentando que a instituição «vai estar atenta às solicitações que possam surgir e dará resposta adequada ao nível das suas possibilidades».

fernando nobre revelou que o responsável pela residência social da ami em ponta delgada lhe falou na possibilidade de estender a intervenção a outros domínios, mas acrescentou que essa expansão só será feita quando o projecto da residência chegar a um ponto de «equilíbrio e sustentabilidade».

a ami tem a funcionar nos açores dois centros sociais, que incluem uma residência social em ponta delgada, na ilha de s. miguel, e a porta amiga, em angra do heroísmo, na ilha terceira.

a residência social de ponta delgada, inaugurada em dezembro, já prestou apoio a 33 pessoas oriundas de outras ilhas do arquipélago que precisaram de se deslocar a s. miguel para tratamento hospitalar.

fernando nobre salientou que a porta amiga, em angra do heroísmo, tem registado um aumento de pedidos de apoio, frisando que é uma tendência que se tem registado não só nos açores, mas também a nível nacional.

«no país, as solicitações cresceram no ano passado cerca de 30 por cento em relação a 2010 e é expectável que a tendência este ano se mantenha», afirmou o presidente da ami.

por seu lado, o presidente do governo dos açores, carlos césar, manifestou «satisfação» pela presença da ami na região, acrescentando ver «com agrado» o aumento das suas actividades nos açores.

lusa/sol