Árabes já cantam por Jesus: a primeira conquista lá fora (com vídeo)

No primeiro jogo oficial ao comando do Al-Hilal, Jorge Jesus assegurou a vitória na Supertaça da Arábia Saudita

Melhor, só de encomenda: ao primeiro jogo oficial enquanto emigrante, Jorge Jesus conquistou o primeiro troféu. O técnico de 64 anos, que em junho deixou o Sporting e assinou pelo Al-Hilal, campeão em título da Arábia Saudita, levou o clube de Riade ao triunfo na Supertaça saudita, batendo o Al-Ittihad por 2-1 num encontro disputado… em Londres, no Loftus Road (terreno do Queens Parks Rangers).

André Carrillo, internacional peruano que se encontra no Al-Hilal por empréstimo do Benfica, foi titular, mas seria outro velho conhecido do futebol português a abrir a contagem: Carlos Eduardo, médio brasileiro que passou pelo Estoril entre 2010 e 2013 e que representou depois o FC Porto em 2013/14 (30 jogos e cinco golos), inaugurou o marcador aos 34 minutos, colocando o conjunto agora orientado por Jorge Jesus em vantagem.

Já na segunda parte, aos 62’, o mesmo Carlos Eduardo – que no Al-Hilal já havia vencido dois campeonatos e uma Taça – assistiu o internacional venezuelano Gelmín Rivas para o 2-0 e tudo parecia resolvido. Não estava na totalidade, pois El Ahmadi reduziu apenas cinco minutos depois, mas o resultado não viria a sofrer mais alterações a partir daí.

No fim, a festa fez-se no relvado, com Jorge Jesus a colocar uma bandeira portuguesa às costas e a participar nas celebrações com os atletas que agora está a começar a conhecer. Nas bancadas, muito mais compostas do que seria de esperar, atendendo a que se disputava a Supertaça da Arábia Saudita num estádio inglês, os adeptos afetos ao Al-Hilal exultavam, num cenário que já aconteceu nos primeiros dias do técnico português no clube mas que continua a causar estranheza: árabes a cantar o nome… de Jesus.

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O ex-treinador de Benfica e Sporting, entre muitos outros clubes nacionais, irá agora continuar a preparar a estreia no campeonato da Arábia Saudita, que terá lugar no próximo dia 31, na receção ao Al-Fayha Majmaa. O Al-Hilal é, compreensivelmente, o maior candidato à vitória final na competição, quer pelo estatuto de campeão em título, quer pelo avultado investimento que faz ano após ano – é liderado por Sami Al-Jaber, um dos maiores jogadores da história do país.

Além dos já citados Carrillo, Carlos Eduardo e Rivas, o plantel às ordens de Jorge Jesus conta ainda com o guarda-redes Ali Al-Habsi, que atuou vários anos na Premier League por Bolton e Wigan, mas também com o central espanhol Botía, ex-Barcelona, Sevilha e Olympiacos, ou Omar Abdulrahman, um médio criativo pouco conhecido na Europa mas que é visto como o maior talento a atuar no futebol asiático nos últimos largos anos – e que, aos 26 anos, está a jogar pela primeira vez na Arábia Saudita, depois de ter passado toda a carreira profissional no Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Realce ainda para Abdullah Al Hafith, que passou por União de Leiria e Paços de Ferreira entre 2011 e 2013, e para Abdullah Otayf, que jogou no Louletano na primeira metade de 2012/13 e marcou presença no último Mundial.