Arquivo da Tobis é tesouro nacional

O Diário da República publicou hoje a classificação do arquivo da Tobis Portuguesa como tesouro nacional e bem de interesse nacional.

a classificação abrange o património de natureza arquivística e o de natureza audiovisual, sendo que este integra os negativos originais de imagem e som, a cópia simultânea da mais antiga geração dos filmes exclusivamente produzidos pelas tobis ou incorporados no património desta e dos filmes coproduzidos e ou adquiridos pela produtora.

a tobis portuguesa – a mais antiga produtora de filmes em portugal – foi fundada em 1932, com a designação de companhia portuguesa de filmes sonoros- klangfilm.

um ano depois foi responsável pelo primeiro filme sonoro produzido em portugal, a canção de lisboa, de cottinelli telmo, que foi o responsável pela construção do estúdio da tobis, inaugurado em 1934, no lumiar, em lisboa.

maria papoila (1937), de leitão de barros, o pai tirano (19451), de antónio lopes ribeiro, aniki-bobó (1942), de manoel de oliveira, ou o costa do castelo (1943) e o leão da estrela (1947), ambos de arthur duarte, contam-se entre os filmes rodados naquele estúdio.

a 7 de março, o conselho de ministros decidiu classificar o arquivo da tobis como ‘tesouro nacional’.

a classificação surge depois de, a 23 de fevereiro, o estado ter vendido a empresa, por cerca de quatro milhões de euros, à filmdrehtsich unipessoal lda., uma empresa com maioria de capitais angolanos.

lusa/sol