esta é a mais recente atitude do regime com vista a pôr um ponto final (definitivo) na luta por mais liberdades políticas naquele país do golfo pérsico.
estes indivíduos foram acusados de tentarem derrubar uma monarquia com dois séculos e de terem ligações a «uma organização terrorista estrangeira». dos 21 condenados, 14 estavam detidos.
a agência noticiosa oficial do bahrain, citada pela associated press, avançou que entre os condenados a prisão perpétua estão figuras influentes como hassan mushaima (que regressou do exílio auto-imposto em londres no início do ano, quando as autoridades que prometeram eliminar antigas acusações) e abdul jalil al-singace.
em causa estão as supostas associações entre os opositores e o irão (maioritariamente chiita) e o hezbollah (apoiado pelo irão).
os xiitas, por seu turno, negam estas ligações e acusam os líderes políticos do bahrain de usarem o ‘factor irão’ para amedrontarem o povo e incitarem confrontos nas ruas – dos quais resultaram dezenas de mortos e centenas de detidos.
multidões de xiitas bloquearam estradas com montes de areia e apelaram a novas marchas de protesto, após meses de altos níveis de segurança em que polícias e militares impediram actos rebeldes.
apesar de serem 70 por cento da população do bahrein, os xiitas são discriminados pelos sunitas que ocupam os cargos de chefia política e governamental.
sol/ap