‘Big Bang Big Boom’ e ‘Viagem a Cabo Verde’ vencem Cinanima

O filme italiano Big Bang Big Boom, do realizador conhecido por Blu, e a curta portuguesa Viagem a Cabo Verde, de José Miguel Ribeiro, foram os grandes vencedores do 34.º Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho.

a obra italiana foi galardoada com o grande prémio cidade de espinho, que é a principal distinção do certame, e o filme português ganhou o prémio antónio gaio, que é atribuído à melhor película nacional.

manuel matos barbosa, da comissão organizadora do cinanima, considera que os trabalhos premiados reflectem «o que de melhor se faz actualmente no cinema de animação mundial», demonstrando que o género «se renova constantemente, de forma contínua e inesgotável».

para esse organizador do festival, o público também sabe apreciar essas características, porque a 34.ª edição do evento contou com «enchentes quase diárias» e isso prova a «vitalidade do cinanima», na medida em que «não é impunemente que um certame destes se realiza há tantos anos e, ainda para mais, em portugal».

defendendo que «o segredo é a alma do negócio», manuel matos barbosa não revela as principais novidades relativas à edição de 2011, mas adianta que a organização vai preparar «qualquer coisa especial para assinalar os 35 anos do cinanima, já que uma data dessas não se pode deixar passar em branco».

este ano, o certame teve em exibição desde segunda-feira mais de 190 obras. na secção competitiva, que terminou este sábado, estiveram a concurso 74 filmes seleccionados entre cerca de 800 candidaturas.

entre os restantes vencedores do cinanima 2010, destaca-se o prémio especial do júri, atribuído a à escala da russa marina moshkova, e o prémio do público, para vicenta, do espanhol sam.

teclopolis, do argentino javier mrad, foi reconhecida como a melhor curta; drivers in the rain, dos estónios olga pärn e pritt pärn, foi considerada a melhor média-metragem; e piercing 1, do chinês liu jian, foi distinguida como a melhor longa duração.

o júri destacou também stabley picle, da britânica vicky mather, como o melhor filmes de fim de estudos, enquanto o prémio para melhor filme publicitário ou de informação coube a harmonix the beatles rock band intro cinematic, de pete candeland, também de inglaterra.

pivô, do holandês andré bergs, ganhou o prémio josé abel; filme de fim de estudos, de idan vardi, de israel, foi apontado como tendo a melhor banda sonora original; vai tudo de cana, realizado pelas crianças das oficinas do anilupa, venceu o prémio jovem cineasta português na categoria menores de 18 anos; e akirema, de vítor carneiro e jonas de andrade, recebeu o mesmo título na categoria maiores de 18.

finalmente, o prémio rtp2: onda curta foi entregue a sete filmes animados: perdido, dos australianos andrew runeman e shann tan; os diários de lipsett, do canadiano theodore ushev; à escala, da já referida marina moshkova; crónicas da ponte, de hefang hei (frança); teclopolis, com que javier mrad acumulou assim o seu segundo prémio na mesma noite; i’m going to disneyland, do francês antoine blandine; e óculos fundo de garrafa, de jean-claude rozec, também francês.

 

sol/lusa