“seria belíssimo participar neste acontecimento e ter um papa brasileiro”, diz giovanni, natural de itaúna, minas gerais, que acredita na escolha do cardeal odilo scherer, de 63 anos, arcebispo de são paulo.
scherer seria “uma boa escolha” por causa do “bom trabalho” realizado na arquidiocese brasileira, com milhões de católicos, afirmou, protegido pela chuva com uma bandeira do brasil.
“esperamos que possa dar continuidade a esse trabalho aqui no vaticano”, complementa, falando no conclave como um “acontecimento histórico para a igreja e para o mundo inteiro”.
ilze scamparini, correspondente da tv globo em roma há 14 anos, concorda e defende que “ter um papa brasileiro significaria muito para a américa latina”.
“para a própria igreja poderia ser uma boa escolha como outras também. um papa africano também seria uma óptima escolha” ou “um papa asiático, lugares onde a igreja está realmente a expandir-se”, explicou.
a jornalista admite que o nome de odilo scherer é um dos que surgem com “chances” na eleição pontifícia.
simone, um dos jovens italianos presentes na praça de são pedro, diz que a nacionalidade do futuro papa não é o mais importante.
“qualquer que seja o seu país, espero que seja um papa em continuidade com a obra de bento xvi”, sublinhou.
adán vallejo, franciscano natural do méxico, espera um conclave “breve” e fala com “tranquilidade” neste momento de transição na liderança da igreja católica.
“há coisas que o novo papa deve enfrentar, mas não as enfrenta sozinho”, sublinha.
a chuva que caiu nas últimas horas não impediu a presença de jornalistas, fiéis e curiosos, à espera do fumo na chaminé da capela sistina: branco, se houver eleição, negro se o resultado for inconclusivo.
os 115 cardeais eleitores do conclave que vai eleger o novo papa encontram-se reunidos à porta fechada na capela sistina desde as 16h34 (hora de lisboa), onde decorrem os escrutínios, após a procissão inaugural e o juramento.
a 11 de fevereiro, o papa bento xvi anunciou a renúncia ao cargo, efectiva a partir de 28 de fevereiro, devido à “idade avançada”.
o último chefe da igreja católica a renunciar foi gregório xii, no século xv (1406-1415).
lusa/sol
