«só queremos que o governo aplique as medidas que constam da resolução do conselho de ministros», disse hoje à lusa o presidente da antp, referindo-se aos apoios que foram acordados a 15 de março entre o anterior governo e três associações que representam os transportadores rodoviários de mercadorias e que puseram fim a uma paralisação de dois dias.
artur mota explicou que a antp foi recebida em julho pelo secretário de estado das obras públicas, transportes e comunicações que, na altura, afirmou estar «muito preocupado com a ‘troika’ e pediu até ao final de setembro para se dedicar» ao acordo com as instituições internacionais.
a antp voltou ao ministério da economia no dia 27 de setembro e foi recebida por dois assessores do secretário de estado sérgio monteiro, que disseram à associação “que nada tinha sido feito”, contou artur mota.
«disseram-nos que vão olhar para o memorando de entendimento [assinado com o anterior governo] do zero e que no final de outubro teríamos uma nova reunião», acrescentou.
artur mota admite voltar aos protestos, caso o governo não concretize as medidas de apoio ao sector, que incluem descontos no pagamento de portagens nas scut.
«admitimos tudo. não pedimos nada ao novo executivo que não esteja acordado e escrito em diário da república», concluiu o presidente antp, associação criada na sequência do bloqueio de 2008.
lusa/sol