Cavaco: a hora dos economistas

O Presidente da República chama amanhã ao Palácio de Belém um conjunto de destacados economistas para se aconselhar sobre a crise política que o país vive após a queda do Governo de Pedro Passos Coelho.

Cavaco: a hora dos economistas

Ao todo são sete as figuras da área económica que Cavaco Silva vai ouvir sobre a atual política e económica e a eventual indigitação de António Costa como primeiro-ministro. E, curiosamente destes sete, seis têm experiência governativa na área da Economia ou das Finanças.

Dois deles são ainda conselheiros de Estado, nomeados por Cavaco Silva, é o caso de Vítor Bento e de Bagão Félix, ex-ministro da Segurança Social no Governo de Durão Barroso e ex-ministro das Finanças no Governo de Santana Lopes.

Entre os ‘convocados’ para as audiências previstas na agenda do Presidente para amanhã estão também Daniel Bessa, ex-ministro da Economia de António Guterres, João Salgueiro, ex-ministro das Finanças de Francisco Balsemão, Luís Campos e Cunha, ex-ministro do Estado e das Finanças de José Sócrates, Teixeira dos Santos, que lhe sucedeu na mesma pasta, e Augusto Mateus, ex-ministro da Economia de António Guterres.

Hoje foi a vez de Cavaco fazer uma ronda junto dos principais banqueiros, depois de na semana passada já ter chamado a Belém os parceiros sociais. E na sexta-feira deverá ser a vez de dar início à obrigatória ronda junto de todos os partidos com representação parlamentar.

Anteontem, à margem de uma visita à região autónoma da Madeira que durou dois dias, o Presidente afirmava que ainda está numa fase de "recolher o máximo de informação, junto daqueles que conhecem a realidade social, económica e financeira portuguesa para darem indicações ao poder político português, qualquer um que ele seja, quanto às linhas que permitam manter uma trajetória de crescimento económico, de criação de emprego e de acesso das empresas, do Estado e dos bancos ao sistema de financiamento".

Cavaco poderá optar por não reunir o Conselho de Estado, uma vez que a tal não está obrigado pela Constituição já que não está em causa a dissolução da Assembleia da República.

sofia.rainho@sol.pt