CDG distribui lucros para travar insatisfação laboral

A instituição quer partilhar os lucros anuais de 52 milhões de euros já em Setembro para responder à insatisfação dos trabalhadores que estão em greve esta sexta-feira 

Foi no meio de uma guerra laboral que Paulo Macedo decidiu atribuir bónus aos trabalhadores com avaliação positiva e objetivos cumpridos, depois de regressar aos lucros anuais (52 milhões de euros) em 2017.

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos quer agora premiar os trabalhadores consoante as "competências, empenho e contributo dos trabalhadores" e os "Prémios Excelência 2017 terão uma majoração de 50% neste prémio" segundo disse fonte oficial do banco ao jornal Público. 

A bonificação vai chegar já em setembro e os prémios a ser atribuídos vão dos 500 aos 3 mil euros, no mesmo mês em que as progressões anuais por mérito se vão refletir no ordenado dos trabalhadores.

Esta decisão chega num momento de tensão entre os trabalhadores e a administração, depois do acordo de empresa ter sido denunciado pela atual gestão que quer agora uma revisão que aproxime mais das regras que estão em vigor nos outros bancos, através do acordo de trabalho. No entanto, os trabalhadores não querem perder direitos e reforçam defesa de critérios, como a antiguidade ou anuidade, e estão em greve esta sexta-feira.