Comunistas acusam Macário Correia de ‘ataque ao pluralismo’

Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Faro acusaram hoje o autarca Macário Correia de «autoritarismo» e «ataque ao pluralismo» por acabar com a sessão solene daquele órgão no dia 25 de Abril.

«desde há muitos anos, que a assembleia municipal realizava uma sessão solene comemorativa do 25 de abril, na qual todas as forças políticas (…) usavam da palavra. este ano, o presidente da câmara de faro decidiu de forma autoritária acabar com a sessão (…), substituindo-a por uma sessão, por ele presidida, em que apenas ele e um convidado usariam da palavra», lê-se no comunicado de imprensa dos comunistas, enviado hoje à comunicação social.

para os eleitos da cdu, a decisão de macário correia configura um «profundo desrespeito pela assembleia municipal», «um ataque ao pluralismo político consagrado na constituição da república» e uma «afronta à liberdade, à democracia e ao próprio 25 de abril».

a decisão foi tomada com a «conivência» do presidente da assembleia municipal, luís coelho, sem que as forças políticas representadas neste órgão tivessem sido ouvidas ou sequer informadas, acrescenta a mesma nota de imprensa.

na semana passada, o ex-presidente da câmara de faro, josé vitorino, acusou também macário correia de impor a «lei da mordaça» no dia 25 de abril por decidir cancelar a habitual sessão solene.

«numa conduta de anti-democracia, o presidente da câmara [de faro] impõe a lei da mordaça à assembleia municipal no dia da liberdade, ao decidir pôr fim à habitual sessão solene do 25 de abril em que usavam da palavra as forças autárquicas», lamentou o antigo autarca e líder do movimento de cidadãos ‘com faro no coração’ (cfc).

lusa / sol