Conflitos agravam-se na Qantas com ameaças de morte ao CEO

Os conflitos sociais no seio da australiana Qantas agravaram-se com ameaças de morte endereçadas ao director executivo e cartas anónimas enviadas à administração, indicou hoje a direcção da transportadora, com os sindicatos a negarem responsabilidades.

os problemas iniciaram-se após o anúncio por parte do director executivo da companhia aérea, alan joyce, de um plano de reestruturação a cinco anos, que passa pela supressão de 1.000 postos de trabalho.

o plano, divulgado a meados de agosto, é contestado pela união dos trabalhadores de transportes e por mais outros dois sindicatos que representam os pilotos e técnicos que actualmente se encontram a braços com difíceis negociações por melhores salários e melhores condições de trabalho.

uma porta-voz da qantas confirmou as informações divulgadas pela imprensa de que alan joyce recebeu ameaças de morte, mas recusou facultar mais detalhes.

segundo o jornal australiano daily telegraph, o ceo da qantas, de nacionalidade irlandesa, recebeu uma carta que dizia, entre outros, que os seus «planos demoníacos» vão voltar a assombrá-lo antes de ser expulso do país.

numa mensagem dirigida aos 35 mil empregados da empresa, alan joyce indicou que os principais quadros da qantas receberam «cartas ameaçadoras, incluindo em casa», actos que qualificou de «ilegais e repugnantes».

«isso não vai funcionar. aqueles que forem apanhados vão sofrer as consequências», acrescentou.

os sindicatos negaram qualquer envolvimento e interrogaram-se acerca dos motivos que levaram os gerentes da operadora aérea a tornar públicas as ameaças.

o caso está a ser investigado pelas autoridades.

lusa/sol