Os funcionários «estão bem» e aguardam para seguir viagem em direcção a Trípoli, de onde deverão ser retirados, informou a construtora, num comunicado distribuído à imprensa.
«A Queiroz Galvão informa que actualmente tem 130 colaboradores brasileiros a trabalhar em projectos e obras na Líbia. Todos estão bem e está a ser providenciada a sua transferência de Bengasi para Trípoli, capital do país», referiu o texto, que não menciona a presença de portugueses entre o grupo de trabalhadores.
Hoje, o secretário de Estado das Comunidades admitiu a possibilidade de a maioria dos portugueses em Bengasi poder sair da cidade através de um avião fretado por uma empresa brasileira.
António Braga escusou-se a revelar o nome da empresa, que, por seu lado, também não confirmou à Lusa a presença de portugueses no total de trabalhadores a retirar da Líbia.
A construtora Queiroz Galvão aguarda uma autorização do Governo líbio para que o avião fretado especialmente para a operação possa aterrar em Trípoli, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O pedido de autorização para a retirada dos brasileiros já foi feito às autoridades líbias pelo embaixador do Brasil em Trípoli, George Ney de Souza.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores há actualmente cerca de 600 brasileiros na Líbia.
Além dos funcionários da Queiroz Galvão, há também brasileiros a trabalhar para a Petrobras, mas a petrolífera estatal ainda não se manifestou sobre uma possível operação de retirada.
Presente na Líbia desde 2005, a Petrobras adquiriu os direitos exploratórios de óleo e gás da área 18, constituída de quatro blocos, com uma extensão total de 10.307 quilómetros quadrados.
A área está situada na região noroeste da costa líbia, no mediterrâneo, sendo que a Petrobras detém uma participação de 70 por cento e o restante pertence à estatal líbia NOC.
Desde 15 de Fevereiro, as manifestações contra o regime de Kadhafi, com conflitos em diversas partes do país, já resultaram na morte de pelo menos 400 pessoas, segundo a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH).
Sol/Lusa