Aldina Lopes esteve presente na reunião descentralizada das 34 juntas de freguesias do concelho de Viseu, que decorreu na freguesia de S. Salvador, e criticou as refeições que são servidas a cerca de 90 das 125 crianças que frequentam a Escola EB1 de Vildemoinhos.
«Os almoços são de fraca qualidade e quantidade. A alimentação que é servida não chega, principalmente numa altura em que sabemos que para muitos alunos é a única refeição do dia», alertou.
Os alunos almoçam em dois turnos e, «por vezes, quando o segundo turno vai comer, a comida não chega», acrescentou.
A coordenadora contou ainda que as crianças têm de sair da escola e deslocar-se até ao Pavilhão das Cavalhadas de Vildemoinhos, situado a alguns metros, para tomarem as refeições, ficando «encharcadas sempre que chove».
Criticou também as condições físicas da escola, com pisos de salas degradados e um recreio com mau escoamento das águas pluviais.
O vice-presidente da Câmara de Viseu e responsável pelo pelouro da Educação, Américo Nunes, sublinhou que «não há razões para as refeições não chegarem e estarem em boas condições», acrescentando que «Viseu é um dos primeiros municípios a ter uma empresa a fiscalizar a qualidade das refeições nas escolas».
Américo Nunes explicou que a sala polivalente, onde deveria funcionar o refeitório da escola, serve de sala de aulas, sendo necessário recorrer a outro espaço no Pavilhão das Cavalhadas.
«Não se pode ter uma escola e lá querer meter o dobro dos alunos», alegou, lembrando que «quem fez a colocação dos alunos não é a autarquia».
O vice-presidente da autarquia de Viseu alegou que, na área deste agrupamento (Marzovelos), há escolas com menor ocupação que a sua capacidade.
Informou que a escola «sofreu obras profundas no último mandato» e vai ter o seu recreio melhorado, estando prevista a construção de uma coberta.
Quanto à acumulação de águas no recreio, sustentou que «foi aberta uma caixa e o escoamento passou a funcionar». No entanto, «só com uma intervenção de fundo, que já está prevista, tudo passará a funcionar bem».
Já o presidente da Câmara, Fernando Ruas, considerou que «pode acontecer um caso ou outro, em que a comida não chega, tal como por vezes também acontece nas nossas casas».
No entanto, disse esperar que «seja uma excepção e que a comida dê para todos, pois é para isso que a Câmara paga e fiscaliza».
Lusa/SOL