Cosgrave foge a polémica do pagamento da Web Summit digital

O evento terá de ser completamente online o que levou alguns vereadores da Câmara de Lisboa a questionar se fará sentido o pagamento dos 11 milhões de euros, uma vez que a cidade não terá qualquer retorno.

O CEO da Web Summit, que escolhe Lisboa como palco desde 2016, deu declarações à Rádio Renascença sobre a polémica em que está envolvido o evento. Em causa estão 11 milhões de euros que a Web Summit irá receber da Câmara de Lisboa e de outras entidades do Estado.

O jornal SOL noticiou, no sábado passado, que o evento suscitou polémica, uma vez que a sua edição de 2020 será exclusivamente digital.

As entidades do Estado e a organização da Web Summit assinaram, em 2018, um contrato de 10 anos, que visa o apoio anual de 11 milhões de euros à Web Summit.

Este ano, fruto da pandemia, o evento terá de ser completamente online, questionando assim alguns vereadores da Câmara de Lisboa se fará sentido continuar o pagamento deste apoio, uma vez que a cidade não terá qualquer retorno a nível de hotelaria, restauração e outros setores que deveriam beneficiar com o evento.

Paddy Cosgrave comentou a polémica, referindo que é “bom haver uma oposição, uma vez que é um país democrático”, confessando ainda não se envolver nas “políticas internas do país”.

De seguida, o irlandês prometeu um evento megalómano para 2022, com o dobro da capacidade, confessando esperar receber cerca de 140 mil pessoas em Lisboa.