Costas ao telefone com Cristas, com muitos sorrisos à mistura

Em pleno encerramento da discussão na especialidade do Orçamento do Estado, o primeiro-ministro aproveitou para falar ao telefone com a nova líder do CDS.

António Costa tinha previsto para o final da tarde uma sessão de apresentação de cumprimentos a Assunção Cristas que, por motivos de agenda, foi adiada para depois da Páscoa. Compensou com um telefonema.

E enquanto Heloísa Apolónia, do PEV, discursava na tribuna, o primeiro-ministro pegou no seu telefone fixo na bancada do governo e ligou a Assunção Cristas, para a cumprimentar pela sua eleição. 

Os sorrisos de Cristas e os 'vários obrigada' tornavam visível para a bancada dos jornalistas que a conversa decorria amena, ao longo de vários minutos, apenas no fina com um tom mais formal.

A simpatia entre a líder do CDS e o primeiro-ministro do PS não impediu que, minutos depois, o centrista Telmo Correia proferisse um ataque duro ao governo no discurso de encerramento do debate pelos centristas. 

Telmo Correia acusou o Governo de fazer um enorme ataque às empresas e de fazer um "enorme aumento de impostos", num orçamento "estatista" e "familiófobo".

Com ironia, disse que se os portugueses acatassem as sugestões feitas ao longo do debate pelo governo, converteriam-se numa espécie de "homem novo socialista", ou num "homem-caranguejola".

"Prometeram um virar de página, mas as vossas promessas ficaram reduzidas a uma nota de rodapé", disse Telmo Correia antes de confirmar o voto contra do CDS.