Costinha

Uma necessidade imperiosa de limpar o nome. Terá sido com este espírito que Costinha deu segunda-feira a entrevista à SportTv, três dias depois de ter sido insultado nas bancadas de Alvalade na sequência do empate do Sporting frente à Naval.

Muito se tem lido e ouvido sobre se o director de futebol leonino deveria ou não ter dito o que disse, ou se não deveria ter-se demitido antes ou logo após ter proferido as duras palavras contra o clube.

Mas este é um caso em que alguém pôs a ‘cabeça no cepo’ sem se preocupar com estratégias. Ideias como: «Agora há um período conturbado e há três rostos da crise. Um já saiu que foi o presidente, os outros apanham pancada, que sou eu e o Paulo Sérgio»; ou: «Tudo o que se passa é [culpa] do Costinha porque escolheu mal os jogadores ou do Paulo Sérgio porque não percebe nada disto» mostram alguém terrivelmente desgastado e decidido a ‘partir a loiça toda’. Costinha decerto sabia que iria ser despedido. Não se importou.

E deixou ainda mais exposta à luz a ferida que atormenta o ‘leão’.