Damasco aceita plano de Kofi Annan

Depois de a Rússia ter criticado o regime sírio e de a China ter seguido o mesmo caminho, Damasco aceitou por fim o plano de Kofi Annan para procurar uma solução para a crise síria.

kofi annan disse que teve hoje boas negociações com responsáveis chineses, que ofereceram apoio total. resposta positiva que também lhe chegou do governo sírio, de acordo com ahmad fawzi, porta-vos do ex-secretário-geral da onu: «é uma etapa inicial importante que poderá pôr fim à violência e ao derramar de sangue». a oposição, contudo, síria reagiu com cepticismo.

ahmad fawzi acredita que uma nova posição de damasco poderá «criar um clima propício ao diálogo político que responda às aspirações legítimas do povo sírio».

o enviado especial das nações unidas e da liga árabe à síria propõe um plano de seis pontos que inclui um cessar-fogo primeiro do lado do governo sírio, uma interrupção dos confrontos de duas horas diárias para evacuar os feridos e fornecer ajuda humanitária, e conversações políticas com foco nas preocupações do povo sírio.

deveriam ser boas notícias, mas os intensos confrontos continuaram hoje junto à fronteira com o líbano. desde há um ano, a revolta do povo sírio e a repressão do governo de damasco já terão feito mais de oito mil mortos.

para 1 de abril está marcada uma conferência em istanbul, onde a anfitriã turquia, os estados unidos, a união europeia e a liga árabe discutirão novos mecanismos para pressionarem e isolarem o presidente sírio, bashar assad, e formas de apoiarem a oposição.

em cima da mesa estará a possibilidade de declarar o conselho nacional da síria como único e legítimo representante do povo sírio.

ap/sol

(actualizada às 16h36)