Francisco Lopes, candidato apoiado pelo PCP e Verdes, reagia assim aos jornalistas na sequência da detenção de dois dirigentes sindicais junto à residência oficial do primeiro-ministro, após uma concentração promovida pela Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública contra os cortes salariais, que terminou com confrontos entre manifestantes e agentes policiais.
Um episódio que Francisco Lopes, hoje em campanha no distrito de Santarém, classificou de «desproporcionado, inaceitável, agressivo».
«É incompreensível que face a esta manifestação de uso dos direitos constitucionais haja uma atitude desproporcionada e inabitual da polícia», afirmou.
Para Francisco Lopes, estes acontecimentos «mostram o desespero, a desestabilização e não a serenidade que é necessário para que haja um cumprimento dos direitos constitucionais, das liberdades e direitos sindicais, seja na empresa seja na rua».
O candidato considerou que o caso «passa má imagem de quem interveio desproporcionadamente, num ato que não pode deixar de ser sentido como de intimidação e de repressão».
«É necessário que o povo português, os trabalhadores e os jovens usem todos os direitos que estão na Constituição – o voto e direito à manifestação – e isso não pode ser confundido com desestabilização da ordem pública», sublinhou.
Antes destes confrontos, Francisco Lopes enviara uma saudação ao plenário da Frente Comum, num comunicado divulgado na página oficial da sua candidatura.
«São muitas e justas as razões da vossa luta: cortes nos salários e pensões, destruição do vínculo público, destruição das carreiras profissionais, polivalência e mobilidade especial, privatização de serviços públicos, com a sua inerente degradação».
Lusa / SOL