O português do Real Madrid e o argentino do Barcelona dominaram alternadamente a tabela dos melhores marcadores em Espanha nas últimas seis temporadas – três triunfos para cada um – e por isso são agora notícia pelo jejum de golos: ao fim de duas jornadas de campeonato, nem um nem outro se estreou a marcar.
É questão de tempo, como é óbvio, mas o certo é que nunca havia acontecido passarem ambos duas rondas em branco, desde que Ronaldo se juntou a Messi na Liga espanhola, no verão de 2009.
E se o Barça ainda só acertou na baliza por duas vezes, nas vitórias tangenciais sobre o Atlético de Bilbau e o Málaga, o Real colecionou cinco golos frente ao Bétis (e nenhum no 0-0 em Gijón), todos sem assinatura do madeirense.
A imprensa desportiva, tanto a de Madrid como a de Barcelona, não deixou de assinalar esta inédita seca de golos das duas maiores estrelas do campeonato – seguindo a velha máxima de que a notícia é quando o homem morde o cão e não o contrário.
Para se constatar como é estranho não haver nem Ronaldo nem Messi na lista dos melhores marcadores, basta recuar à edição anterior da prova: o português fez 40,7% dos 118 golos do Real Madrid e o argentino foi responsável por 39,1% dos 110 acumulados pelo Barcelona.
No caso do Ronaldo, apenas os cinco primeiros classificados – Barça, Real, Atlético de Madrid, Valência e Sevilha – totalizaram mais golos ao longo das 38 jornadas. Já Messi foi superado por outras cinco equipas – Villarreal, Celta de Vigo, Espanhol, Rayo Vallecano e Real Sociedad -, mas o seu saldo pessoal chegou para ficar acima de outras dez.
Este ano, até ver, a tabela de goleadores é liderada por Bakambu e Soldado (Villarreal), Bale e James (Real Madrid), Adrián (Eibar) e Nolito (Celta de Vigo), todos com dois golos.
Lusa/SOL
