Efeitos da greve dos trabalhadores portuários já se começam a sentir

A greve dos trabalhadores portuários agendada para a próxima semana já está a ter consequências nos portos portugueses, tendo levado ao cancelamento de escalas, disse o director-executivo da Associação dos Agentes de Navegação.

«está tudo preparado para não trabalhar durante a greve. já estão a ser canceladas escalas, o que tem como consequência perda de receita, e os navios estão a trabalhar o mais depressa possível para não apanhar o período de greve», afirmou belmar da costa.

o director-executivo da associação dos agentes de navegação disse ainda que, nesta altura, há empresas que «já estão a desviar rotas para ficarem num porto mais acessível e evitar a greve».

a confederação dos sindicatos marítimos e portuários (fesmarpor) entregou um pré-aviso de greve que abrange os trabalhadores dos portos de viana do castelo, de aveiro, da figueira da foz, de lisboa, de setúbal, de sines e do caniçal (madeira).

a greve terá início à meia-noite de segunda-feira e terminará às 8h00 de sábado, dia 14 de janeiro.

o vice-presidente da fesmarpor, vítor dias, disse hoje que está disponível para dialogar com o governo e alcançar uma solução que evite a greve.

«estou expectante. houve abertura da parte da secretaria de estado dos transportes para o diálogo e a fesmarpor defende que devem esgotar-se todas as possibilidades de encontrar uma solução que evite a greve», afirmou o sindicalista.

a confederação de sindicatos avançou para a greve para reivindicar a suspensão ou a retirada do processo de insolvência da empresa de trabalho portuário (etp) do porto de aveiro.

«o objectivo não é fazer a greve pela greve, é trazer as partes ao diálogo para que possa ser encontrada uma solução», afirmou o vice-presidente da fesmarpor.

lusa/sol