Empregados da Foxconn na China entram em greve nas fábricas do iPhone5

Milhares de trabalhadores iniciaram uma paralisação numa unidade da companhia Foxconn que produz na China componentes para o novo iPhone5, revelou hoje um grupo de direitos laborais citado pela agência AFP.

a greve é o último problema a atingir o gigante taiwanês da electrónica, cujas fábricas na china têm sido assoladas por uma série de suicídios de trabalhadores nos últimos anos.

a paragem atingiu a fábrica de zhengzhou, no centro da china, aconteceu na sexta-feira depois da empresa ter aumentado os padrões de qualidade dos produtos e obrigado os empregados a trabalhar num feriado nacional, indica o china labour watch, sedeado nos estados unidos.

para li qiang, director do china labour watch, a greve é o resultado da pressão colocada nos trabalhadores.

«de acordo com os trabalhadores, várias linhas de produção do iphone5 estão paradas durante todo o dia de hoje», refere a nota do grupo ao destacar que entre 3.000 a 4.000 trabalhadores estão em greve, mas sem especificar quantas pessoas trabalham naquela unidade.

a foxconn tem várias fábricas na china e emprega cerca de 1,1 milhões de pessoas, metade das quais, apenas na unidade de produção de shenzhen, adjacente a hong kong, onde em 2010 vários empregados cometeram o suicídio devido, ao que os grupos de direitos laborais acusavam, à ausência de condições de trabalho e à pressão sobre os empregados para cumprirem prazos.

lusa/sol