a decisão do conselho de cooperação do golfo vem abalar significativamente a missão de monitorização da liga árabe, já que estes seis países contribuíam com 52 observadores, de um total de 160 que compunham a missão. para além da desistência e retirada, os estados do golfo foram mais longe, apelando a uma intervenção da onu na síria, para que fossem tomadas «todas as medidas necessárias» para implementar o plano de paz da liga.
«a decisão foi ponderada com base nos acontecimentos presenciados na síria e na convicção de que a repressão e o assassínio de inocentes não têm fim à vista», disse um representante do conselho de cooperação do golfo.
mas perante o agravamento da situação, o governo sírio mantém a teoria de que são grupos armados sob ordens estrangeiras que estão na origem da revolta, ao invés de serem as forças de segurança de assad por detrás da violência contra os manifestantes anti-regime, que protestam no país mais autoritário do médio oriente.
«é dever do governo sírio fazer tudo o que estiver ao seu alcance para lidar com os grupos armados que estão a espalhar o caos nas nossas ruas», disse o ministro dos negócios estrangeiros durante a conferência de imprensa.
a pressão internacional na síria aumenta, agora com proveniência maioritária dos próprios países vizinhos e não apenas do ocidente pró-democracia. o irão e a rússia são cada vez mais os últimos e únicos aliados do regime de bashar al-assad.
ap/sol