Eurodeputados admitem scanners corporais mas exigem salvaguardas

A saúde, a dignidade e a privacidades dos passageiros que usarem os aeroportos da União Europeia não poderão ser postas em causa com a introdução de scanners corporais. Foi esta a posição que os eurodeputados plasmaram hoje numa resolução não-legislativa.

A Comissão Europeia já tinha decidido autorizar os Estados-membros a utilizarem estes dispositivos de vigilância, mas o Parlamento Europeu tem ainda três meses para reverter essa decisão.

Os parlamentares admitiram a utilização de scanners nos aeroportos, mas apelam à «instalação de tecnologia o menos prejudicial possível para a saúde humana», instando à proibição de aparelhos que emitam radiação ionizante.

Além disso, há um apelo à não-discriminação, como refere comunicado do Parlamento Europeu. A selecção dos passageiros deverá ser aleatória, evitando-se preconceitos. As excepções estão no campo oposto, para que seja dada especial atenção à saúde de grávidas, crianças, idosos e deficientes.

Os passageiros instados a esse scan deverão poder escolher por outro tipo de vigilância, igualmente eficaz, sem que essa opção levante desconfianças. Os aparelhos não poderão gravar imagens, nem gerar imagens corporais. E os postos de controlo devem ser reforçados, para que não haja aumento da espera.

A resolução apela ainda aos Estados-membros para que a limitação do transporte de líquidos seja revista até 2013.

SOL