Europacolon defende rastreio periódico para reduzir mortes por cancro do intestino

A Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino — Europacolon defendeu hoje o rastreio periódico da doença, que tem uma taxa de mortalidade próxima dos 50%, mas que pode ser prevenida com a realização de um método de rastreio adequado.

Segundo dados disponibilizados à Lusa pela Europacolon-Portugal, no âmbito do Dia Mundial do Cancro Digestivo, que se assinala segunda-feira, todos os anos surgem em Portugal “mais de sete mil novos casos de cancro do intestino, que levam à morte de 11 pessoas por dia e mais de três mil por ano, não estando ainda implementado nenhum programa de rastreio a nível nacional”.

Em Portugal é a segunda forma de cancro mais frequente em homens e mulheres.

“O rastreio periódico do cancro do cólon e do recto é fundamental para que o diagnóstico se faça quando a doença ainda está num estádio pouco avançado, pois pode ser curado se detectado numa fase precoce. Com 11 mortes diárias no nosso país, torna-se premente reforçar o incentivo ao rastreio, nomeadamente através de colonoscopia”, sublinhou o presidente da associação Europacolon Portugal.

Vítor Neves citou um estudo publicado recentemente no New England Journal of Medicine, que conclui que a colonoscopia (quando realizada de 10 em 10 anos) “pode reduzir em 40% o número de casos de cancro colorrectal”.

A Europacolon Portugal – Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino é uma Associação sem fins lucrativos que promove a prevenção do cancro do colorrectal, difundindo o conhecimento da doença e os seus sintomas, apoiando os pacientes, familiares/cuidadores, na área psico-emocional, no esclarecimento dos seus direitos e criando parcerias com a comunidade médica.

Lusa/SOL