fonte da psp confirmou à agência lusa a existência de queixas, escusando-se a adiantar quaisquer pormenores sobre o caso, por se encontrar em investigação.
a alegada burla consistia num esquema que funcionava em rede. a mulher enviava mensagens escritas com preços de viagens abaixo do valor de mercado. quem recebia a informação reencaminhava para amigos, desconhecendo tratar-se de uma alegada burla.
desta forma, a mulher angariava um número elevado de clientes.
em leiria, pelo menos duas dezenas de pessoas terão comprado viagens cujos bilhetes nunca chegaram.
foi o caso de uma jovem que pagou uma viagem para o brasil para visitar o pai doente.
tal como noutros casos, a mulher terá pedido o dinheiro com urgência, alegando que se não fizesse a reserva de imediato «perdia a oportunidade».
«juntei o dinheiro do reembolso do irs e pedi uma parte emprestada. primeiro disse-me que o valor era de 1.186 euros. deu-me uma referência para pagar, mas como dava erro disse-me para depositar 1.246 euros, que no dia seguinte transferia a diferença», revelou a lesada, que pediu anonimato, salientando que não recebeu o dinheiro nem o bilhete.
segundo outros lesados, ninguém desconfiou da burla, uma vez que tinham conhecimento de pessoas que compraram bilhete e «tudo tinha corrido bem».
segundo um dos burlados, «esta é a forma dela [falsa agente de viagens] angariar mais gente».
num grupo, «os primeiros viajam sem problema, para que ela possa ganhar a confiança de todos os outros».
além de leiria, terão sido cometidas burlas em coimbra, figueira da foz, lisboa, porto e vila nova de gaia.
a agência lusa tentou contactar a suspeita, mas sem sucesso.
lusa/sol