«Com frequência vários operadores têm-se sentido mal na sala Azul» do Call Center da ZON, num edifício em Lisboa. O último caso foi registado na noite de quinta-feira, quando uma trabalhadora «foi assistida e transportada para o hospital de Santa Maria pelo IEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)», com sintomas de «vómitos, falta de ar, visão turva e desequilíbrios», contou à Lusa uma funcionária da empresa, que pediu reserva de identidade.
Os problemas foram devidos à «utilização incorrecta de filtros de ar condicionado» na manutenção realizada no dia 18 de Dezembro, «que impediam a renovação do ar», disse fonte oficial da empresa à agência Lusa.
A mesma fonte disse que a situação «já está resolvida».
A empresa mandou efectuar «três medições à qualidade do ar» nas instalações, sendo que uma delas revelou existir «um défice inferior a 30 por cento de oxigénio na sala, quando está repleta, com cerca de 250 pessoas».
Na sequência desta situação, a empresa reduziu para metade o número de trabalhadores naquela sala, adiantou a mesma fonte.
O INEM recebeu na quinta-feira quatro chamadas devido à indisposição de duas trabalhadoras na empresa, e «uma das vítimas foi transportada ao hospital por solicitação da linha saúde 24», por suspeitas de alegados «níveis de monóxido de carbono no sangue acima do normal», disse à Lusa fonte da instituição de socorro médico.
Ao longo da última semana, a «situação tem-se agravado», contou outra trabalhadora da ZON, que mencionou terem existido «pelo menos seis casos de mau estar», com «colegas a adormecerem na secretária, com outro a ser assistido na casa de banho», entre outros casos.
Lusa/SOL