o colectivo de sete juízes do supremo espanhol condenou garzon por unanimidade a 11 anos de suspensão.
a pena resulta de uma decisão de garzon, em 2009, ordenar escutas em prisões entre detidos e os seus advogados. os detidos são acusados de subornarem políticos para obterem contratos públicos lucrativos.
estas escutas são expressamente permitidas em casos de terrorismo, mas noutro tipo de casos a lei espanhola é mais vaga.
garzon tornou-se célebre no julgamento de casos internacionais relacionados com os direitos humanos, mas acabo por cair em desgraça no seu próprio país, sobretudo entre os seus pares.
o magistrado de 56 anos aguarda o veredicto num outro processo devido à campanha que em 2008 lançou contra as atrocidades cometidas durante a guerra civil, crimes que tinham sido amnistiados em 1977.
desde 2010 que garzon não trabalhava no tribunal nacional, quando foi indiciado por este último delito.
ap/sol