Gralha no apelido deixa candidato eleito fora da Junta em Ponte de Lima

O candidato de uma lista independente à Assembleia de Freguesia de Sá, em Ponte de Lima, aguarda há uma semana para tomar posse como eleito àquele órgão, o que ainda não aconteceu devido a uma gralha no apelido.

A situação foi confirmada hoje à Lusa pelo próprio candidato, que liderou a lista independente “Movimento 51” àquele órgão e que garantiu três mandatos, contra os quatro da lista vencedora, do CDS-PP. Contudo, ficou de fora do ato de instalação da Assembleia de Freguesia, realizada a 19 de Outubro.

É que apesar de eleito e convocado, Bruno Tiago da Rocha Matos acabou por não tomar posse, como os restantes seis elementos, contou ainda, face à recusa da presidência cessante da Assembleia de Freguesia (também do CDS-PP), devido a um “mero lapso de escrita constante da ata de apuramento geral”.

Em vez de “Rocha”, num dos apelidos do candidato eleito figurava antes “Ralha”.

“A situação mantém-se, ainda não tomei posse, inclusive não nos dão as cópias das reclamações e da ata do dia 19, que nos prometeram entregar no primeiro dia útil seguinte”, disse hoje à Lusa o candidato.

Bruno Rocha Matos acrescentou que aquele movimento – que também concorreu à Câmara de Ponte de Lima, tendo garantido um vereador -, já participou a situação aos “meios judiciais competentes”.

A agência Lusa tentou obter um esclarecimento sobre este caso junto dos órgãos empossados na freguesia de Sá, mas tal não foi ainda possível.

Já o cabeça-de-lista independente, que arrecadou 99 votos contra os 165 do CDS-PP, assegura que apesar de terem sido facultados vários documentos, como a certidão da candidatura e do candidato, do Tribunal de Ponte de Lima, “a presidente da Assembleia de Freguesia manteve a recusa”.

“É bom não esquecer que os membros eleitos foram mandatados pelos votos dos eleitores, estando-se a prejudicar não o mandatado em si, mas a população em geral, que confiaram na equipa do Movimento 51 à Assembleia de Freguesia de Sá”, afirma.

Bruno Rocha Matos classifica a situação como “lamentável e caricata”, exigindo agora em Tribunal a “reposição da legalidade” na aldeia de Sá, que contava com 380 eleitores inscritos para as autárquicas de 29 de Setembro.

Lusa/SOL