Ibraim Cassamá fala em impugnação das eleições do SJPF

Após Joaquim Evangelista ter conquistado o quinto mandato frente ao Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol, o rival Ibraim Cassamá garantiu estar a ponderar impugnar as eleições.

Joaquim Evangelista foi eleito presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, com 98% dos votos. Pela frente tinha a concorrência de Ibraim Cassamá, líder da lista B, também chamada "De Jogadores Para Jogadores", que, segundo os resultados das eleições, conquistou apenas 2% dos votos.

A lista concorrente, no entanto, não se deu por satisfeita com os resultados, e lançou um comunicado nas redes sociais, onde informa que "perante algumas ilegalidades ocorridas desde a convocatória para a Assembleia-Geral ordinária e de aprovação das contas referentes ao ano de 2020, até ao próprio ato eleitoral, ponderamos impugnar as eleições".

"Estivemos na sede até às 03:00 a acompanhar as contagens de votos e sentimo-nos no dever de referir algumas curiosidades. Já que referem 98% de votos para a lista A, referimos ainda que ficaram de fora mais de cinco mil jogadores, pelo que o caderno eleitoral existente reflete apenas 11% dos jogadores inscritos como sócios no SJPF e, curiosamente, metade são ex-jogadores e alguns conhecidos da atual direção", disparou a lista dirigida pelo jogador do Real Massamá, que apontou o dedo ainda aos votos por correspondência: "Todos foram enviados em grupo" e, "em praticamente todos os clubes, os jogadores juntaram-se e apenas um se dirigiu aos correios para enviar as cartas". A curiosidade surge, no entanto, a seguir, realçando o movimento o facto de "TODOS os Clubes da Margem Sul de Lisboa o terem feito nos CTT do Pinhal Novo ou, por exemplo, o Covilhã ter ido ao Porto". "Outra curiosidade tem igualmente a ver com o facto de ser sempre a mesma letra nos envelopes onde é colocado o remetente e o destinatário e uma letra diferente nos envelopes onde são colocados os nomes de quem envia o voto", prosseguiu ainda a lista concorrente.

"Não seremos oposição ao trabalho", começa por concluir o movimento, mas, "enquanto sócios do Sindicato e Jogadores de Futebol que somos,exigimos que a instituição que nos representa o faça de forma transparente e legal respeitando todos as leis 'gerais', sindicais e os estatutos da instituição".

Joaquim Evangelista, de 54 anos, venceu o quinto mandato frente ao organismo sindical, do qual é presidente há 17 anos.