a informação foi divulgada num comunicado da fao, que inaugurou hoje uma conferência de três dias em banguecoque para abordar os efeitos dos grandes investimentos agroalimentares na propriedade das terras e segurança alimentar na ásia e pacífico.
segundo a fao, estes investimentos realizaram-se «em algumas ocasiões à custa do direito da terra dos pobres, para quem estas propriedades são um importante seguro social» e a subnutrição e fome estão relacionados com a «distribuição injusta» da terra.
«o acesso e a propriedade da terra são meios para aliviar a pobreza e fome e proteger a sua cultura e ecossistema. a terra é um dos bens mais apreciados no mundo rural», afirmou hiroyuki konuma, representante da fao para a ásia e pacífico.
a conferência, que celebrará outras duas sessões na áfrica e américa latina, servirá para a criação de um protocolo para o comité de segurança alimentar da onu para harmonizar a segurança alimentar contra a exploração dos recursos agro-alimentares.
cerca de 685 milhões de pessoas entre um total de 1.200 milhões que sofre de fome e subnutrição vive na região da ásia-pacífico.
lusa/sol