Kosovo com eleições históricas mas divisão persiste

Estas são as primeiras eleições legislativas no país que declarou a unilateralmente a independência da Sérvia em 2008.

a maioria étnica albanesa e a pequena minoria sérvia continuam genericamente de costas voltadas, mais de uma década depois do conflito conduzido pela nato.

a sérvia não reconheceu ainda a independência do kosovo e espera-se que a maior parte dos sérvios boicotem as eleições. a união europeia afirmou que estas legislativas são importantes para as esperanças do país de entrar na comunidade.

os temas fortes da campanha eleitoral foram a corrupção institucionalizada e o péssimo estado da economia kosovar, preocupações constantes dos eleitores.

as sondagens indicam que o partido democrático do kosovo (pdk), do actual primeiro-ministro, hashim thaci, lidera as intenções de voto mas é pouco provável que ganhe com uma maioria significativa..

a liga democrática do kosovo (ldk), o antigo parceiro de coligação do partido do governo, tem ganho terreno nas intenções de voto. 

estas são eleições antecipadas após o ldk se ter retirado do governo de thaci, após um desentendimento com os seu líder de então, fatmir sejdiu, que era também o presidente do país.

após se ter demitido como presidente, sejdiu foi substituido pelo presidente da câmara de pristina, isa mustafa na liderança do partido.

outro partido, a aliança para o futuro do kosovo também enfraqueceu o seu poder uma vez que o seu líder, o antigo líder rebelde, ramush haradinaj, está a ser novamente julgado por crimes de guerra em haia.

entre os desafios do país está a taxa de desemprego, que atinge os 45 por cento, sendo mais alta entre as camadas mais jovens, e uma das mais fracas economias europeias.

apesar de ser reconhecido por muitos países ocidentais, o kosovo ainda não é um membro das nações unidas e a sua maioria étnica albanesa tem a pressão de mostrar que é capaz de construir relações pacíficas com a minoria sérvia.

 

sol