Koulibaly desafia racistas a passar “um tempo” consigo

“Vão ver que sou uma pessoa normal”, salientou o central do Nápoles

É uma abordagem curiosa, mas quem sabe possa resultar. Kalidou Koulibaly, central senegalês do Nápoles, tem sido frequentemente vítima de abusos racistas em jogos do campeonato italiano desde 2014/15, época em que chegou ao clube do sul de Itália; agora, questionado sobre o que diria ao estar frente a frente com um racista, soltou uma resposta surpreendente.

"As pessoas que não sabem não entendem, por isso eu convidava-as a virem aqui passar um tempo comigo. Veriam que eu sou uma pessoa normal", atirou o defesa nascido há 28 anos em França, mas com ascendência senegalesa, e que soma 219 jogos e dez golos com a camisola dos napolitanos.

Considerando a luta contra o racismo "uma batalha sem tréguas", Koulibaly frisou que é necessário perder a vergonha de travar esse combate. "É uma luta fazer todos os dias, começando pelas escolas de futebol. É difícil lutar publicamente contra sobre estas coisas, porque tentamos não perturbar as pessoas que nos apoiam, mas o racismo deve ser combatido e não devemos ter vergonha de o combater, aqueles que devem ter vergonha são as pessoas que fazem buu", salientou.