Legumes crus poderão estar na origem de propagação rápida de bactéria perigosa

Legumes crus como pepinos e tomates poderão estar na origem da propagação rápida, na Alemanha, de uma bactéria perigosa, que as autoridades suspeitam de ter causado a morte a quatro pessoas.

segundo um comunicado divulgado pelo ministro da agricultura alemão, e citado pela agência afp, «os primeiros resultados das análises levam a crer que o consumo de tomate e pepino crus e saladas está na origem de casos recentes de infecção» com a bactéria escherichia coli enterohemorrágica.

ilse aigner, que tem também a pasta da protecção dos consumidores, considerou «verdadeiramente preocupante» a propagação rápida da bactéria, que causa hemorragias no sistema digestivo e uma lesão renal grave, a síndrome hemolítica urémica (shu).

as autoridades de saúde já contabilizaram a morte de quatro pessoas infectadas com a bactéria, nas regiões do norte e nordeste do país, ainda que a ligação directa entre os óbitos e a bactéria não tenha sido ainda oficialmente estabelecida.

em apenas 15 dias, a alemanha registou 140 novos casos de shu, ou seja, mais do dobro dos verificados no ano passado (65). dois dos casos foram mortais.

a transmissão da bactéria ao homem faz-se pelo consumo de alimentos contaminados, carne crua ou mal cozinhada, saladas, legumes e leite cru (sem ser aquecido a uma temperatura elevada ou submetido a um tratamento equivalente).

as autoridades alemãs recomendam a cozedura dos alimentos a 70 graus, pelo menos durante dez minutos, para reduzir os riscos de contaminação.

os sintomas da síndrome hemolítica urémica caracterizam-se por diarreias, sangue nas fezes, dores de cabeça e de barriga.

lusa/sol