Magritte, Miró e Dalí vão a leilão na Christie’s

Um quadro de René Magritte é a estrela do leilão de arte surrealista que a Christie’s de Londres prepara para a noite de quarta-feira, com obras de Salvador Dalí também em destaque.

a tela l’aimant (o íman) foi pintada em 1941 e é uma obra icónica de magritte. a leiloeira espera conseguir pelo menos seis milhões de euros por esta obra proveniente de uma colecção privada suíça.

o quadro, com 130,5 por 89,5 centímetros, tem uma figura de mulher nua em pé, apoiada numa grande pedra, sobre um fundo azul de mar e céu parcialmente tapado por uma cortina vermelha.

a noite surrealista da christie’s propõe, entre outras, obras de dalí, miró, de chirico, max ernst, viktor brauner, francis picabia, yves tanguy, hans arp, paul delvaux, andré masson, óscar domínguez e roberto matta.

três obras de dalí figuram neste leilão, entre as quais um estudo para o quadro o mel é mais doce que o sangue e uma grande tela intitulada las llamas, llaman, de 1942.

o quadro desaparecido o mel é mais doce do que o sangue, de 1927, é supostamente inspirado na relação de dalí com o poeta federico garcía lorca e dele só se conhece hoje o estudo que vai a leilão em londres com um preço de 3,4 milhões de euros.

las llamas, llaman, que vai à praça por 4,5 milhões de euros, foi pintado nos estados unidos, onde dalí vivia então com a mulher.

algum tempo antes de pintar este quadro, dalí tinha sido objecto, com joan miró, de uma exposição no museu de arte moderna de nova iorque (moma), a qual foi apresentada também noutras cidades norte-americanas. a fama que esta exposição lhe deu proporcionou-lhe convites para trabalhar em produções de bailado e cinema, nomeadamente de alfred hitchcock e walt disney.

o terceiro quadro de dali é port lligat al atardecer, e mostra o pequeno porto piscatório na catalunha onde o pintor viveu nos anos 1930.

lusa/sol