o discurso do líder do psd tem vindo em crescendo na reclamação da vitória nas urnas. e depois de ter dito que não seria primeiro-ministro se o psd não fosse o partido mais votado, passos coelho pediu esta semana uma «maioria clara» nas urnas.
e o sol apurou que deverá reforçar o apelo na última semana. «cada coisa a seu tempo», diz o secretário-geral do psd, recusando falar para já de maioria absoluta.
a gestão das palavras (e o uso da expressão «maioria absoluta») está a ser feita com extremo cuidado na caravana social-democrata. os medos do eleitorado relativamente à maioria absoluta depois do exemplo do ps de josé sócrates é uma questão que passos coelho tem tratado com pinças.
«não queremos ser donos de portugal», tem repetido à exaustão, assegurando que o psd não quer vencer as eleições para «controlar tudo» e que ele (passos coelho) não quer fazer tudo sozinho.
e insiste na ideia de que mesmo com uma maioria clara, o psd formará sempre um governo abrangente, com o cds e com independentes, onde terão lugar «não os boys do psd» mas apenas «os mais competentes e que tenham mérito».