Manuscritos de Darwin procurados pela Interpol

Cadernos desapareceram há 20 anos da biblioteca de Cambridge. Um deles contém desenho da Árvore da Vida.

Foi já no ano de 2001 que uma inspeção de rotina levada a cabo pela biblioteca da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, detetou o desaparecimento de dois cadernos que haviam pertencido a Charles Darwin, um deles contendo o desenho da Árvore da Vida, cujo primeiro esboço data de 1837, altura em que ele regressou de uma viagem pelo mundo a bordo de um navio científico da marinha britânica, e da qual publicaria em 1859 uma versão mais elaborada, no livro A Origem das Espécies.

A última vez que tinham sido vistos fora em setembro de 2000, altura em que havia sido autorizada a sua saída da sala em que estavam guardados para serem fotografados. Duas décadas depois de não conseguir, apesar de todos os esforços, localizar o seu paradeiro, a Universidade de Cambridge classificou este desaparecimento como roubo.

«Depois de uma busca exaustiva, a mais importante da história da biblioteca, os curadores chegaram à conclusão de que os cadernos, cujo desaparecimento foi relatado pela primeira vez em janeiro de 2001, foram provavelmente roubados», anunciou a instituição no passado dia 24, dia em que se comemorou o 161.º aniversário da primeira publicação d’A Origem das Espécies.

Os cadernos roubados, no valor de milhões de euros, constam agora da lista de obras roubadas procuradas pela Interpol.